REPSOL SINOPEC FECHA PARCERIA COM UFRN PARA DESENVOLVER CIMENTO ESPECIAL A PARTIR DA BIOMASSA PARA POÇOS DE PETRÓLEO | Petronotícias




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REPSOL SINOPEC FECHA PARCERIA COM UFRN PARA DESENVOLVER CIMENTO ESPECIAL A PARTIR DA BIOMASSA PARA POÇOS DE PETRÓLEO

1701442532226A Repsol Sinopec Brasil (RSB) vai investir em inovação para trazer uma novidade para o setor de óleo e gás. A empresa fechou uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para desenvolver um cimento especial produzido a partir do aproveitamento de resíduos de biomassa da indústria agrícola e dos resíduos da produção de argamassa. O novo produto poderá ser usado na cimentação de poços de óleo e gás.

O objetivo do projeto, chamado de Pozobio, é produzir um material sustentável e altamente resistente para aplicação em poços de campos maduros onshore submetidos à injeção de vapor, assim como em poços geotérmicos, que enfrentam elevadas temperaturas, podendo atingir em média até 300°C. A iniciativa prevê a redução de até 50% no custo do material, trazendo maior eficiência para operações em poços que necessitam de material mais resistente, como em campos que utilizam injeção de vapor para aumentar seu potencial de produtividade.

Esquema mostra o detalhamento do projeto Pozobio - clique para ampliar

Esquema mostra o detalhamento do projeto Pozobio – clique para ampliar

Os pesquisadores da RSB e UFRN estão explorando o uso de componentes naturais derivados de passivos ambientais, como os resíduos da queima de biomassa e da produção de argamassa. O estudo envolve a combinação desses componentes, que são ricos em sílica e classificados como materiais pozolânicos. Esses materiais têm propriedades vantajosas para a formulação de misturas, resultando em um novo tipo de material com potencial aplicação na cimentação de poços expostos a altas temperaturas, garantindo sua integridade.

O processo permitirá a redução significativa de emissões de CO2, substituindo parte do cimento utilizado por componentes naturais que são resíduos gerados em larga escala em outros setores e que podem ser mais aproveitados pela nossa indústria, evitando ainda o descarte destes resíduos em aterros sanitários”, destaca a pesquisadora responsável pelo projeto na Repsol Sinopec, Juliana Henriques (foto principal).

1682896693599O projeto envolve aproximadamente 15 profissionais e está programado para durar dois anos. A primeira fase consiste no mapeamento e na qualificação de fornecedores e materiais, com pesquisas realizadas no laboratório da UFRN em Natal, Rio Grande do Norte. O pesquisador responsável na universidade, Rodrigo Santiago (foto à esquerda), destaca o grande potencial do projeto para se tornar uma referência tecnológica nesse segmento, contribuindo para a promoção de uma economia circular. Para isso, conta com a parceria da empresa Brasil Química e Mineração Industrial (BQMIL), sediada em Mossoró, especializada na fabricação e fornecimento de argamassas.

Mossoró é uma das principais capitais de produção de petróleo onshore do Brasil. Nosso intuito final é utilizar fornecedores locais, trazendo nova solução possível de ser implementada em larga escala pela indústria, e que possa ainda contribuir para a criação de um novo mercado capaz de proporcionar maior desenvolvimento econômico e social”, completa o pesquisador.

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