MAIS SEIS PAÍSES ADEREM AO PACTO NUCLEAR NA COP 29. AGORA SÃO 31, MAS O BRASIL DEU DE OMBROS E FALTOU A ESSA AULA
Nem tudo é festa, rapapé ou encontro de ONGs internacionais interessadas em distribuir dólares para “salvar a Amazônia”, por exemplo, para curtir das belezas da cidade e as festas promovidas nas noites de Baku, no Azerbaijão. Hoje (13), na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP29, mais seis países aderiram à declaração para triplicar a capacidade global de energia nuclear até 2050. São eles: El Salvador, Cazaquistão, Quênia, Kosovo, Nigéria e Turquia. O anúncio foi feito no terceiro dia da Cúpula Mundial de Ação Climática. Ministros e altos funcionários representando os países signatários, em um evento organizado pela Presidência da COP29, a Agência Internacional de Energia Atômica, os Estados Unidos e a Associação Nuclear Mundial. O anúncio eleva o número total de países que endossam a declaração para 31. E nesta lista não consta o Brasil.
A direção da remada brasileira é contrária a dos países signatários do acordo nuclear. Os sinais passados pelo governo do Brasil, espelhados por ações de um ministério do meio ambiente, liderado por uma ministra de uma nota só, que empurra com a barriga as decisões de licenciamentos importantes, como se o país pudesse esperar. Veja um exemplo de hoje. O Amapá, que será o primeiro Estado da União a sentir os efeitos dos altíssimos investimentos da Petrobrás, simplesmente recebeu nesta quarta-feira (13) o primeiro equipamento de Ressonância Magnética para atender pacientes necessitados da capital Macapá.
Enquanto isso, o IBAMA emitiu uma recusa para que a Petrobrás faça a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Com um detalhe. A recusa foi assinada por 37 funcionários. Parece um complô que exige que o Amapá seja condenado ao subdesenvolvimento. E muitos desses 37 nem conhecem a região e nunca pisaram no Amapá. O IBAMA não tem recursos técnicos capazes de emitir ou não uma licença. Só trabalham com dados burocráticos apresentados pelos interessados. Chegaram ao cúmulo de adiar uma audiência pública para debater a volta da exploração da Mina de Urânio de Santa Quitéria por causa das férias escolares. É um atraso organizado por quem não quer trabalhar, liderados por uma obtusidade protegida pelo Presidente Lula: Marina Silva.
Sama Bilbao y León, Diretora Geral da World Nuclear Association, representando a indústria nuclear global, disse: “Damos calorosas boas-vindas a esses seis novos países na Coalizão dos Ambiciosos. O anúncio de hoje destaca o papel essencial da energia nuclear no cumprimento das metas do Acordo de Paris de forma econômica e equitativa. A liderança exige uma avaliação clara do aqui e agora, mas também a previsão para se preparar para o que o mundo precisará não apenas em 2050, mas nas décadas seguintes. Os signatários desta declaração estão assumindo um compromisso de longo prazo. Mas é um compromisso de longo prazo com uma recompensa de longo prazo, fornecendo certeza e confiabilidade energética em um mundo incerto.” Destacando os países, indústrias e empresas que apoiam a aspiração de triplicar a capacidade nuclear global até 2050, Sama ressaltou que “A energia nuclear agora pode contar com os maiores bancos do mundo para apoiar o crescimento da indústria nuclear. A energia nuclear atraiu o interesse e o investimento das maiores e mais avançadas empresas de tecnologia do mundo. E a energia nuclear tem um apoio cada vez maior do público, que reconhece que na energia nuclear eles têm uma resposta para suas demandas por segurança energética, fornecimento e preços confiáveis e uma resposta às mudanças climáticas. Esta é realmente uma coalizão global de ambiciosos. E obrigado a todos por fazerem parte dela.”
O anúncio de hoje é o mais recente momento de reconhecimento do papel essencial da energia nuclear na obtenção de emissões líquidas zero. A Administração dos EUA emitiu um roteiro delineando planos para a implantação de 200 GW de capacidade nuclear até 2050. Os desenvolvimentos nos últimos 12 meses incluíram:
- O reconhecimento da energia nuclear, pela primeira vez em uma decisão importante da COP, entre as soluções necessárias para manter a meta de 1,5 grau ao alcance, como parte do Global Stocktake do ano passado sob o Acordo de Paris;
- A histórica Declaração para Triplicar a Energia Nuclear assinada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP28 em Dubai;
- Em março de 2024, a AIEA e a Bélgica copresidiram a primeira Cúpula de Energia Nuclear, na qual os países destacaram o papel da energia nuclear na redução do uso de combustíveis fósseis, aumentando a segurança energética e impulsionando o desenvolvimento econômico;
- Em setembro de 2024, na Semana do Clima de Nova York, 14 dos maiores bancos e instituições financeiras do mundo de cinco países sinalizaram seu apoio à triplicação da capacidade nuclear global.
Veja a lista dos países signatários da Declaração para Triplicar a Energia Nuclear até 2050, As 31 nações que endossaram a Declaração para Triplicar a Energia Nuclear são Armênia, Bulgária, Canadá, Croácia, República Tcheca, El Salvador, Finlândia, França, Gana, Hungria, Jamaica, Japão, Cazaquistão, Quênia, República da Coreia, Kosovo, Moldávia, Mongólia, Marrocos, Holanda, Nigéria, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Turquia, Ucrânia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos da América.
A geração global de eletricidade nuclear aumentou para 2602 TWh em 2023, ante 2544 TWh em 2022, fornecendo 9% da eletricidade mundial — perdendo apenas para a energia hidrelétrica entre as fontes de energia limpa. Em 2023, os reatores nucleares ajudaram a evitar 2,1 bilhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono da geração equivalente de carvão — isso é mais do que as emissões anuais de cada país individual, com apenas China, EUA e Índia tendo maiores emissões nacionais de CO2. 64 reatores em 15 países estão atualmente em construção, enquanto mais de 20 novos países participantes, como Gana, Polônia e Filipinas, estão em vários estágios de desenvolvimento de políticas para permitir a construção de suas primeiras usinas nucleares. Estas informações foram retiradas do Relatório Anual de Desempenho Nuclear Mundial da World Nuclear Association, publicado em agosto de 2024.
Deixe seu comentário