SUAPE TENTA ATRAIR EMPRESAS DE FORJARIA, FUNDIÇÃO E USINAGEM
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
Os executivos do Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, estão se movimentando para ampliar a cadeia de fornecedores e a industrialização da região, a partir da atração de diversas empresas para a área. Um dos focos das reuniões mais recentes dos representantes do complexo pretende atender não só ao setor naval, como a uma série de atividades que estão crescendo no estado, incluindo óleo e gás, siderurgia e petroquímica. Para isso, companhias especializadas em forjaria, fundição e usinagem vêm sendo abordadas sobre o interesse de abrirem unidades nas proximidades do porto.
Como parte desse processo, os diretores de Suape têm feito muitas visitas a empresas do setor, além de participarem de feiras e eventos como a última edição da OTC Brasil, realizada no Rio de Janeiro. Durante a conferência, reuniram-se com representantes de 14 companhias da área, entre as quais estavam Brück, Altona, Bosch e Hartmann.
“Temos mercado e estamos tentando adensar a cadeia produtiva”, explicou o diretor do Fórum Suape Global, Silvio Leimig, completando: “Não queremos ter apenas os grandes empreendimentos, mas também uma cadeia de fornecedores bem desenvolvida”.
O vice-presidente de Suape, Caio Ramos, que se reuniu com muitos empresários e diretores de companhias do ramo durante a feira, no Rio de Janeiro, vê no complexo um potencial já consolidado para a industrialização da região, com uma resposta significativa do setor privado.
Ramos calcula que o complexo, incluindo unidades paralelas, a Rnest e a Petroquímica Suape, já tenha garantido a captação de R$ 50 bilhões em investimentos para a região, gerando um impulso importante para o setor de infraestrutura.
“De 2011 a 2014, a previsão é que sejam investidos R$ 3 bilhões em infraestrutura, sendo que já foram aplicados R$ 2 bilhões desse total”, afirmou.
Nas contas de Leimig, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) chegou a empregar 50 mil trabalhadores na região, mas atualmente esse número já caiu para 32 mil e deve chegar a 6 mil com a conclusão das obras, o que deixa de legado uma grande quantidade de mão de obra qualificada, quadro bem diferente do encontrado no início dos grandes empreendimentos lançados em Pernambuco nos últimos anos.
“Passamos uma fase difícil na questão da mão de obra, mas hoje isso melhorou bastante”, disse.
Do total de investimentos captados para a região, os dois executivos calculam que somente a Rnest responda por US$ 17,1 bilhões, enquanto a Petroquímica Suape represente US$ 4,6 bilhões. No entanto, os grandes projetos já atraíram uma quantidade significativa de fornecedores para seu entorno.
De acordo com Ramos, já se instalaram no complexo 105 empresas de diversos segmentos e outras 45 estão em fase de instalação atualmente.
“Estamos espalhando a onda de desenvolvimento para o interior do estado. Hoje muitas empresas estão se fixando também na Região Metropolitana”, contou.
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