BRASIL PODE ADOTAR CONSTRUÇÃO DE DUTOS APARENTES EM PROJETOS FUTUROS
Por Daniel Fraiha, Paulo Hora e Bruno Viggiano –
O Brasil pode começar a contar com novos gasodutos construídos a partir de um método ainda não utilizado no país. O secretário de petróleo do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, afirmou que a abertura do mercado de transporte de gás no país vai induzir a uma grande expansão da malha e a utilização de dutos aparentes, como é feita em alguns países desenvolvidos, poderá ser uma realidade no Brasil.
Ao ser questionado sobre a possibilidade da utilização de tubos aparentes, Marco Antônio afirmou que caberá às empresas escolherem o modelo que mais lhes interesse no momento da construção das estruturas.
“Compete a quem for executar o empreendimento. O governo não interfere na alternativa tecnológica que cada um vai utilizar”, declarou.
Hoje foi aberta chamada pública para a contratação da capacidade do gasoduto Itaboraí-Guapimiri, que transportará o gás natural produzido nos campos do pré-sal da Bacia de Santos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). São apenas 11 quilômetros e capacidade de 17,4 milhões de metros cúbicos diários, mas será o primeiro gasoduto construído sob o regime de concessão no país, tendo a licitação, marcada para o primeiro semestre de 2015, prazo de 30 anos.
A expectativa em torno do uso de tubos aparentes não é de hoje, sendo o pré-sal um criador de demanda para mudanças no Regulamento Técnico de Dutos Terrestres para Movimentação de Petróleo, Derivados e Gás Natural, da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A utilização de gasodutos aparentes é defendida pela indústria há algum tempo, já que pode significar preços três vezes menores, monitoramento mais simples e maior capacidade de manutenção.
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