PROJETOS DE GASODUTOS LEVAM FOCO DE CALGARY PARA SEGURANÇA E MANUTENÇÃO | Petronotícias




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PROJETOS DE GASODUTOS LEVAM FOCO DE CALGARY PARA SEGURANÇA E MANUTENÇÃO

Marco Marangoni e Ernani FilgueirasCalgary – CA – O foco principal da International Pipeline Conference, a IPC, que acontece em Calgary, no Canadá, está sendo a segurança e a integridade dos dutos este ano. Os 350 trabalhos apresentados na conferência, assim como a maior parte dos equipamentos e tecnologias expostos na feira, giram em torno destes temas. Para o gerente executivo de abastecimento, petroquímica e biocombustíveis do IBP, Ernani Filgueiras (à direita na foto), há dois fatores fundamentais para isso. Um é o fato de a malha de dutos no Canadá e nos Estados Unidos, mercados mais presentes na feira, ser antiga e necessitar de cuidados especiais, e outro é devido à demora de aprovação e licenciamento de novos grandes projetos de gasodutos em andamento. Um dos mais esperados pela indústria, o de Keystone, ainda precisa de autorizações do governo americano e de licenças ambientais para seguir adiante. Ernani contou ainda que o IBP está fazendo uma reestruturação interna, com o intuito de aumentar a divulgação de seus eventos, e a Rio Pipeline, marcada para setembro de 2015, é um dos focos deste processo, com o intuito de atrair mais empresas de fora da América Latina. Com isso, a previsão do instituto é que a feira brasileira seja ainda maior na próxima edição.

Já veio outras vezes à feira?

Desde que criou a Rio Pipeline, o IBP passou a ter um contato com a ASME. Formamos um convênio com eles, em que damos apoio institucional à IPC e eles dão suporte à nossa feira no Brasil. Desde então, vem sempre alguém do instituto para cá. Inclusive, em anos anteriores, tivemos nosso estande aqui. Nesta edição, por motivos operacionais, não temos. Viemos junto com empresas como Liderroll, Petrobrás e Transpetro, que são parceiras muito importantes.

Qual é a importância da integração entre as culturas brasileira e canadense no setor?

Temos que avaliar a importância dos eventos sobre pipeline como um todo. Até 10 anos atrás, não havia nenhum. Na Rio Oil & Gas, nós passávamos sobre o assunto até que se resolveu fazer um evento específico, que aconteceu internamente na Petrobrás, com apoio do IBP e da ANP, em que só foi apresentada uma meia dúzia de trabalhos técnicos. Depois disso, o interesse foi crescendo, começou-se a querer fazer um congresso e organizamos a Rio Pipeline, que é tão grande quanto ou até maior que a IPC, sem querer desmerecê-la. O IBP tem como missão trabalhar para o desenvolvimento da indústria e entendemos que, ao fazer um evento desse tipo e apoiar o IPC, contribuímos para isso. Estamos juntando todos os stakeholders de engenharia, construção, montagem, inspeção e dos outros setores para discutir as novas tecnologias.

Por que neste ano a segurança foi o assunto mais recorrente?

Atribuo isso à falta de perspectiva de construção de novos dutos, tanto no Brasil quanto no Canadá. A malha de dutos daqui, e principalmente a dos Estados Unidos, é antiga. Aqui há 400.000 quilômetros de dutos, 20 vezes o que há no Brasil. Além disso, houve em 2010 um acidente emblemático em San Bruno, na Califórnia. Sempre houve muita preocupação como segurança e, à medida que a malha vai ficando ainda mais antiga, a atenção tem que ser redobrada. Tem sido assim nas últimas edições, tanto na Rio Pipeline quanto na IPC. As tecnologias de inspeção, integridade e previsão têm ganho uma dimensão muito grande.

Viu alguma inovação que seja destaque na feira? Percebemos que tem muitas empresas com PIG aqui…

O PIG é um instrumento modernizado a cada ano. Na década de 1970, era uma novidade na limpeza de dutos, mas não fazia nada além disso. Hoje em dia, é um instrumento de inspeção, com muitos recursos tecnológicos, ligados a softwares importantes. Então para mim, o Pig é o equipamento de inspeção mais importante que se tem hoje.

Como está a preparação para a Rio Pipeline 2015?

Estamos com a expectativa muito boa em cima dela. Abrimos no início de abril a chamada por trabalhos técnicos, que vai acabar no dia 31 de outubro. Já temos bastantes trabalhos inscritos. Estamos fazendo uma reorganização na área de comunicação e marketing do IBP, para fazer uma divulgação mais efetiva do evento, não só no Brasil e na América Latina, mas no mundo todo. Acho que a Rio Pipeline 2015 será mais forte do que foram as edições anteriores. Sempre temos como objetivo a melhoria contínua e, de certa forma, temos conseguido isso. Só houve um pequeno contratempo depois da crise de 2008, que nós sentimos em 2009, quando o número de expositores diminuiu. Mas já recuperamos em 2011 e quero crer que continuará melhorando.

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