FLC PLANEJA ENTRADA NOS SEGMENTOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA E CORPORATIVA
Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –
O novo presidente da FLC, João Geraldo Ferreira, que assumiu o posto em agosto, após deixar a presidência da GE Oil & Gas na América Latina, já deu a partida em projetos para expandir as atividades de atuação da empresa. Segundo ele, além de vender lâmpadas para consumo residencial, a companhia prepara a entrada nos segmentos corporativo e de iluminação pública e, inclusive, já negocia a formação de um consórcio. A estratégia da FLC para o segmento de iluminação pública é, segundo João Geraldo, começar em pequenas cidades, para adquirir experiência. Controlada pelo fundo de investimento Victoria Capital Partners, a empresa inaugurou, em junho, sua fábrica de lâmpadas LED, a primeira do Brasil, em São Paulo (SP).
Como é a atuação da FLC?
Definimos a FLC como uma empresa de iluminação, pois fazemos muito mais que simplesmente comercializar lâmpadas. Com seu conceito de design moderno, a FLC é líder de mercado em lâmpadas fluorescentes e de LED, que têm durabilidade muito maior. Em junho, inauguramos, em São Paulo, a primeira fábrica de lâmpadas LED do Brasil.
Por que você decidiu deixar a GE Oil & Gas e assumir a presidência da FLC?
Essa decisão, concretizada em agosto, foi tomada com base em dois pilares. Por motivos pessoais, eu decidi ficar mais com a minha família, já que, na GE, eu viajava bastante, principalmente pela América Latina, e aceitei o desafio de trabalhar em uma empresa menor, brasileira e que dá mais autonomia. O outro fator é a franca expansão do mercado de LED, para o qual a FLC tem objetivos agressivos, com o lançamento de novos itens e consolidação.
Quais projetos a FLC está desenvolvendo no início dessa sua gestão?
Atuamos em várias frentes. Quero resguardar o que foi feito até aqui para trazer a empresa ao patamar em que se encontra atualmente, revisar o processo de compra de produtos acabados e reestruturar a área comercial. Temos planos para atuar em outros segmentos, como o corporativo e o de iluminação pública.
Qual será o foco inicial?
São esses dois segmentos, que já estão no DNA da empresa. O corporativo é mais rápido para conseguirmos entrar, enquanto o de iluminação pública demanda mais tempo e um maior foco, já que precisaremos aprender mais sobre manutenção das instalações, e, devido à alta complexidade das atividades e os longos prazos nos contratos, será necessário fazer um consórcio, o que já estamos negociando. Nossa estratégia é aprender com prefeituras de cidades menores, para depois nos expandirmos. Pretendemos iniciar a primeira experiência ainda neste ano.
Como você avalia atualmente o mercado brasileiro para os negócios da FLC?
O momento é bom, mas pode melhorar. Apesar de a atual situação macroeconômica do país não favorecer um crescimento agressivo de nossas atividades, esperamos crescer mais de 10% neste ano, com aumento da nossa participação de mercado e lançamento de novos produtos. Não temos o hábito de disponibilizar dados completos de faturamento, mas, em 2015, esse resultado deverá ser ainda maior.
O aumento da tarifa de energia pode afetar as vendas da FLC?
A nossa expectativa é que afete positivamente. Com o aumento do custo de energia, que, na nossa estimativa, deverá ficar entre 20% e 40%, o consumidor terá de repensar seu consumo e, para reduzi-lo, terá de buscar maior eficiência energética, com a substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes e LED.
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