EDUARDO BRAGA TERÁ GRANDES DESAFIOS PELA FRENTE COMO MINISTRO DE MINAS E ENERGIA | Petronotícias




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EDUARDO BRAGA TERÁ GRANDES DESAFIOS PELA FRENTE COMO MINISTRO DE MINAS E ENERGIA

Eduardo BragaO novo ministro de Minas e Energia indicado pela presidente Dilma Rousseff terá um longo ano pela frente. Ao assumir a pasta, Eduardo Braga (foto), que figura na lista de indicados pelo PMDB, vai precisar tomar decisões importantes e lidar com muitas situações complicadas nas áreas coordenadas pelo ministério que até então estava nas mãos de Edison Lobão. Crise no setor elétrico, crise na Petrobrás, abertura do mercado de petróleo mexicano e queda do preço do barril no mundo serão algumas das principais preocupações.

Braga vinha atuando como líder do governo no Senado desde 2012, concorreu ao governo do Amazonas pelo PMDB, mas perdeu, inclusive sem o apoio do PT, que se aproximou do candidato rival, José Melo (Pros), vencedor das eleições no estado. Agora, à frente de um dos principais ministérios nacionais, ele precisará ouvir bastante o setor privado e as agências reguladoras para melhorar o cenário geral.

Na área de petróleo, o novo ministro terá que fortalecer o diálogo com todos os agentes, buscando a realização dos leilões de blocos exploratórios com a regularidade necessária ao desenvolvimento não só das petroleiras, mas da cadeia de bens e serviços. Poderá ter que reavaliar o marco regulatório do pré-sal, tendo em vista a complicada situação da Petrobrás, cada vez mais sugada para o centro de uma crise sem precedentes. Terá que avaliar bem a expansão da malha de gasodutos do país, que ainda está longe de seu ideal e precisará de muitos novos projetos, não só para o devido escoamento da produção que segue crescendo, como para atender ao plano energético do País, que tem dado grande peso às térmicas a gás.

Ainda em relação ao segmento de petróleo, será importante buscar formas de auxiliar a indústria a reforçar o projeto básico no Brasil, provavelmente por meio de conversas com a própria Petrobrás. É um fator que há tempos vem preocupando muitos engenheiros empenhados no desenvolvimento do setor de montagem nacional.

A crise elétrica que assola o país será outro tema de grande relevância entre os desafios a serem enfrentados por Braga. A falta de chuvas que acometeu o ano de 2014, aliada a opções pouco eficientes para o setor, levou o País a uma situação de alto risco em termos de segurança energética. Para o próximo ano, muitos especialistas vêm alertando reiteradamente para a possibilidade de haver racionamento, já que as termelétricas têm estado ligadas ininterruptamente e a previsão de chuvas pode não ser suficiente para garantir o abastecimento.

Um fator importante a ser incluído na pauta do futuro ministro é a inclusão de novos projetos nucleares no plano energético brasileiro. A matriz nacional será cada vez mais dependente de fontes térmicas e a nuclear figura como uma das opções mais limpas e baratas neste panorama. Além de não emitir gases poluentes, como o carvão, o óleo e a madeira, a nuclear é uma tecnologia dominada pelo Brasil, que inclusive tem uma das maiores reservas de urânio do mundo.

Para o avanço desses projetos, será importante também a avaliação das propostas de abertura do setor nuclear para o capital privado, como a Abdan – Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares – vem defendendo há muito tempo.

A questão dos grandes reservatórios para hidrelétricas também deverá ser olhada com cuidado, assim como ele precisará estreitar o relacionamento com o Ministério do Meio Ambiente para buscar a redução da burocracia nos processos de licenciamento ambiental, que muitas vezes sobrepõem órgãos e dificultam o andamento dos projetos, causando prejuízos financeiros e de desenvolvimento ao País frequentemente.

Eduardo Braga, que completou 54 anos no último dia 6 de dezembro, é formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Amazonas e começou a carreira política aos 21 anos, como vereador de Manaus. Com a sua indicação para o cargo de ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também do PMDB, voltará a ocupar sua vaga no Senado.

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