GABRIELLI PEDE QUE TCU TAMBÉM RESPONSABILIZE CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PELA COMPRA DE PASADENA
O ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli (foto) resolveu adotar uma postura de ataque em seu documento de defesa enviado ao Tribunal de Contas da União, em relação à compra da refinaria de Pasadena. Apontado como um dos responsáveis pelos prejuízos de US$ 792,3 milhões com a compra da unidade americana, Gabrielli destacou que o Conselho de Administração da estatal, presidido à época pela presidente Dilma Rousseff, também deveria ser responsabilizado.
Ele alega que o conselho da estatal, diferente de conselhos de administração convencionais, tem poder executivo também, além do papel de planejamento e direcionamento estratégico. Um exemplo citado neste sentido foi a posição dos conselheiros no momento da compra da segunda metade da refinaria, o que foi negado por eles.
No documento enviado ao TCU, Gabrielli pede para ser excluído, junto com todos os outros ex-diretores da companhia, do processo que determinou o bloqueio de bens dele e dos outros executivos da estatal. Caso não seja atendido, pede que todos os conselheiros recebam o mesmo tratamento dado à diretoria, incluindo serem ouvidos e terem seus patrimônios bloqueados.
Na época, o conselho era composto pelo atual ministro da defesa, Jaques Wagner, o ex-ministro da fazenda Antonio Palocci, o ex-presidente do PT e da Petrobrás e atual diretor corporativo da estatal, José Eduardo Dutra, o atual presidente do Insper, Claudio Haddad, os empresários Jorge Gerdau e Arthur Sendas (falecido), o ex-comandante do exército Gleuber Viana e o atual presidente da Abril Mídia, Fábio Barbosa.
O TCU ainda vai analisar o documento de defesa de Gabrielli, mas já havia se posicionado em alguns momentos isentando o Conselho de responder pelos prejuízos da compra de Pasadena, o que afastou a presidente Dilma do foco das críticas.
Em sua defesa, ela havia afirmado que o Conselho tomou a decisão da compra baseado em um relatório falho, em que não apontava as cláusulas de Put Option e de Marlim, indicadas por ela como responsáveis pelos danos à estatal. No entanto, Gabrielli afirmou no documento que o conselho tem como dever analisar criteriosamente os itens dos contratos que aprova e que contava com os mesmos elementos que a diretoria para a tomada de decisão.
AQUISIÇÃO DE PASADENA NA OTICA DE GABRIELLI O negócio que Sergio Gabrielli afirma ser “absolutamente normal” pode simplesmente ser considerado como sendo do exclusivo entendimento do ex-dirigente da Estatal petroleira, dando conta que a transação custou tão somente o valor de US$ 486 milhões. O que importa, Dr Gabrielle é considerar o valor total desembolsado pela companhia ate a presente data, que monta até o momento em 1,2 bilhões de dólares, valor esse que chegou a nosso conhecimento, já que a Petrobras tem por conduta não informar claramente a seus acionistas os fatos relevantes, desrespeitando normas da CVM que por… Read more »