PETROBRÁS TEM TODAS SUAS NOTAS DE CRÉDITO REBAIXADAS PELA MOODY’S

A agência Moody’s apontou “preocupações sobre investigações de corrupção” como a principal razão para o rebaixamento da avaliação de risco da Petrobrás. Este é o terceiro rebaixamento da companhia em três meses, desta vez, de acordo com a Moody, abrangendo todos os fatores de confiança aos investidores. “Pressões de liquidez que possam resultar de atrasos na entrega de demonstrações financeiras auditadas” também foi levado em consideração pela Moody’s.

A Operação Lava-Jato e todos os escândalos de corrupção surgidos por conta dela colocaram a Petrobrás no olho de um furacão. O balanço do terceiro trimestre do último ano teve sua divulgação adiada por duas vezes, saindo apenas esta semana. Apesar das expectativas, o relatório foi divulgado sem um cálculo de quanto foi perdido em desvio de verba feito por diretores da companhia.

Entre os itens mais relevantes rebaixados estão a dívida não garantida da empresa, que sofreu rebaixamento de Baa2 para Baa3, e a avaliação básica de crédito, de ba1 para ba2. A agência ainda mantém as classificações da Petrobrás sob revisão para um possível novo rebaixamento.

A empresa afirmou em nota que, apesar do rebaixamento, mantém seu Grau de Investimento. E ressaltou que a Moody’s enxerga no horizonte uma possibilidade de suporte financeiro do governo federal à companhia, se necessário. A classificação da Petrobrás pode ser sensível a mudanças na classificação de risco do governo brasileiro, a um aumento de alavancagem e às metas de produção, segundo a agência.