ANDRADE GUTIERREZ AMPLIA PARTICIPAÇÃO NO SEGMENTO EÓLICO

Flavio BarraO segmento de energia eólica é uma das apostas da Andrade Gutierrez para os próximos anos. O fechamento de um contrato, já acertado, para o desenvolvimento e integração de um complexo eólico para a Renova Energia e Cemig, em Jacobina (BA), com capacidade de 676 MW, é um dos fatores que anima a empresa. Os valores do contrato não foram revelados. Uma receita anual de aproximadamente R$ 300 milhões, equivalente a 20% dos negócios de energia da empresa, é a previsão da Andrade Gutierrez.

O fornecimento de torres para o empreendimento para o complexo também é um desejo da Andrade Gutierrez. A empresa é sócia da francesa Alstom (49%) na joint-ventura Torres Eólicas do Nordeste (TEN) que acaba de ser inaugurada também em Jacobina. O investimento de R$ 92 milhões poderá produzir 200 torres por ano. Mas as empresas já estudam um plano para expandir a área construída e de incluir um terceiro turno, triplicando sua capacidade.

Esse investimento específico no setor energético é eólica está dentro de um plano estratégico da empresa, que enxerga no segmento um potencial de vendas e uma demanda reprimida por equipamentos. O presidente da Andrade Gutierrez, Flávio Barra (foto), espera que a demanda por equipamentos eólicas seja de 2,5 mil MW, por ano até 2023, superando o Plano Decenal de Energia, que calcula um acréscimo de 2 mil MW por ano.

A Alstom, por sua vez, possui na TEN sua terceira unidade de produção para o segmento eólico. Tem ainda outra fábricaem Canoas, no Rio Grande do Sul, uma unidade de montagem de naceles, espécie de caixa que abriga o gerador de energia, em Camaçari, na Bahia.

O presidente da Alstom no Brasil, Marcos Costa, afirmou que a companhia está conversando com potenciais investidores na construção e operação da hidrelétrica de São Luiz dos Tapajós, no Pará. A usina, com capacidade de cerca de oito mil MW, tem previsão de leilão para este ano.

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