FLUKE VAI FOCAR EM MANUTENÇÃO E LANÇA NOVO SOFTWARE PARA UNIDADES DE PRODUÇÃO | Petronotícias




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FLUKE VAI FOCAR EM MANUTENÇÃO E LANÇA NOVO SOFTWARE PARA UNIDADES DE PRODUÇÃO

Por Matheus Meyohas (matheus@petronoticias.com.br) – 

rene guiraldoA Fluke, do setor de monitoração de equipamentos, não trabalha diretamente com a Petrobrás, mas tem sofrido os impactos da crise do mercado. Apesar do crescimento de dois dígitos no setor de óleo e gás no último ano, a companhia entende que o momento é de frear os investimentos no desenvolvimento de novos equipamentos, para focar em manutenção. Foi o que revelou o gerente nacional de vendas da empresa, René Guiraldo. “A gente muda o foco de expansão de venda de novos equipamentos para manutenção. Os negócios decaem, mas permanecem ao alcance da empresa”, afirmou. Isso não quer dizer, porém, que a Fluke vai deixar de lançar novos equipamentos no mercado. Agora, por exemplo, a empresa está lançando um novo software para o segmento de óleo e gás, que permitirá comunicação e troca de imagens entre funcionários e engenheiros durante as operações de uma estação de produção. “Isso permitirá mostrar ao usuário o que o trabalhador está enxergando”, explicou René.

O senhor poderia explicar um pouco mais a atuação da Fluke em óleo e gás no País?

Uma das nossas famílias de produtos é um conjunto de ferramentas para monitorar sistemas e variáveis de processos. Tudo que passa por um processo de produção. Uma cimenteira, por exemplo, tem todo um processo de criação, aquecimento do cimento, precisa monitorar temperatura, pressão e velocidade. Em óleo e gás, trabalhamos com sistemas de transferência de custódia. Quando a Petrobrás adquire e vende gás para algum tipo de indústria, ela precisa garantir que está entregando determinado produto com pressão, temperatura e vazão específicas. E a gente tem equipamentos para fazer a calibração que vai garantir que o produto chegue conforme o acordado com o cliente. Outra aplicação na área é dentro de sistemas de dutos, com o uso de nanômetros para verificar a pressão do fluido. Ainda controlamos a vazão com a calibração dos sensores de temperatura dos dutos. Tudo isso é controlado por sistemas elétricos de alta potência. Ainda temos sistemas para fazer padrões elétricos, como soluções para inspeções elétricas de painel, etc. Por fim, ainda possuímos uma série de equipamentos embarcados para fazer testes nas áreas explosivas das plataformas.

Qual foi o desempenho da Fluke nesse setor no último ano?

Tivemos um crescimento de dois dígitos dentro do mercado de óleo e gás. Não temos contratos diretos com a Petrobrás. Como atuamos por distribuição, temos algumas distribuidoras, que atuam, por sua vez, com a Petrobrás.

A expectativa é por crescimento?

A expectativa continua sendo por crescimento. É um mercado que segue crescendo para manutenção, e o pré-sal ainda atrai novos investimentos. A gente tem toda essa estrutura de vendas para empresas que prestam serviços para a Petrobrás. Fornecemos equipamentos para as terceirizadas que colocam os equipamentos na plataforma.

Como a empresa tem entendido o mercado de óleo e gás no Brasil?

A gente continua enxergando como um mercado com potencial. Nosso engenheiro de vendas no Rio de Janeiro está no setor de óleo e gás há quatro anos na companhia, e não pensamos em mover ele. Apesar de nossos equipamentos não fazerem parte de processos produtivos, eles geralmente são os primeiros cortados. Mas em momento de crise, de baixa de investimento de capital, cria-se uma oportunidade para a gente. Ninguém vai querer trocar os transmissores de pressão, de vazão, mas vão querer fazer a manutenção. E aí a gente muda o foco de expansão de venda de novos equipamentos para manutenção. Os negócios decaem, mas permanecem no alcance da empresa.

Que novos produtos estão sendo desenvolvidos para o setor de óleo e gás?

O que vemos de novos produtos são alguns calibradores específicos de processo, com atualizações de modelos antigos. Vamos ampliar a linha de equipamentos seguros para explosão. Nosso grande lançamento é o Flukeconnect, que traz um novo conceito. Os equipamentos terão comunicaçao bluetooth. Serão conectados com seu smartphone, que terá um software totalmente gratuito para receber os dados gratuitos e salvá-los na nuvem. Você também pode fazer um sharelife, como um facetime do iOS, com esse software da Fluke. Isso permitirá mostrar ao usuário o que o trabalhador está enxergando. É uma linha pequena, temos por volta de 25 produtos com essa tecnologia, e a tendência é que ela se torne padrão para os novos produtos. Para óleo e gas, na parte de offshore menos, por causa das restrições com explosão, mas em terra conseguimos ter medidas automáticas com os técnicos que poderão fazer inspeções elétricas, de temperatura, de tensão de corrente e potência de equipamentos elétricos. É isso que permitirá conversas com a equipe e monitorar o trabalho. É essa a plataforma colaborativa de laboratório e de comunicação de instrumentos na nuvem que a Fluke desenvolveu.

Qual é a principal vantagem da Fluke no mercado?

Dentro do mercado de teste e medição, temos uns 20 fabricantes. A Fluke é a unica que em todo o portfólio consegue concorrer em diversos tipos de equipamentos, num mercado que normalmente é atendido apenas por um concorrente. Então temos vários competidores. Além disso, uma grande vantagem é nosso grande reconhecimento no mercado de óleo e gás, como seguro, confiável, que não quebra e de grande precisão.

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