VACCARI AFIRMA TER IDO À ESCRITÓRIO DE YOUSSEF, MAS DIZ NÃO TER ENCONTRADO O DOLEIRO E DESCONHECE RAZÃO DO CONVITE

joao vaccariO depoimento do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto (foto), à CPI da Petrobrás terminou com poucas novidades. As doações eleitorais recebidas pelo PT, de acordo com Vaccari, foram dentro da legalidade, negando ter tratado sobre finanças com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e com o doleiro Alberto Youssef.

Vaccari confirmou conhecer o doleiro, mas que este encontro foi casual, há muitos anos atrás. Afirmou ainda que uma vez fora convidado ao seu escritório, mas que, ao chegar lá, o Youssef não se encontrava.

Durante as mais de sete horas de sabatina com os deputados Vaccari foi evasivo e se comportou com uma boneca quebrada, afirmando diversas vezes que “as declarações feitas nas delações premiadas sobre a minha pessoa não são verdadeiras”.

O nome de Vaccari apareceu na delação premiada do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, um dos delatores do esquema investigado pela operação Lava Jato. Segundo o executivo da estatal, o dirigente petista recebia propina de empresas que firmavam contratos irregulares com a Petrobrás.

O tesoureiro do PT saiu em defesa das verbas que foram doadas ao partido, inclusive, apresentando em gráficos que as empreiteiras alvos da Operação Lava-Jato teriam doado em termos percentuais quantias semelhantes a PSDB e PMDB. No entanto, ao apresentar o gráfico do PT, um momento de constrangimento: ele mesmo teve de reconhecer que a representação das porcentagens estava distorcida.

A CPI ainda contou com os já habituais bate-bocas entre oposição e situação. Dessa vez, a deputada Maria do Rosário (PT) ironizou o deputado federal Delegado Waldir (PSDB), questionando se ele havia passado no teste psicotécnico quando do processo para entrar na Polícia Civil.

Infelizmente, o ponto alto da sessão foi o episódio do funcionário da câmara que soltou ratos durante o depoimento de Vaccari. Uma pena para os que esperavam esclarecimentos sobre os recentes escândalos de corrupção na Petrobrás que vêm levando a uma crise política e econômica sem precedentes na história do país.

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