PETROBRÁS AVALIA RECADASTRAR EMPRESAS FORNECEDORAS E PODE DAR INÍCIO A PROCESSO DE DESBLOQUEIO
Uma nova sinalização da Petrobrás vem trazendo perspectivas positivas para a cadeia de fornecedoras do setor de óleo e gás no Brasil. Após ter bloqueado diversas empresas de seu cadastro em decorrência da Operação Lava-Jato, a estatal vem atualmente enviando formulários para seus fornecedores com o objetivo de iniciar um processo de recadastramento, medida que pode levar ao desbloqueio de companhias em um futuro próximo. Na nova etapa, que se iniciou ao longo das últimas semanas, a Petrobrás tem buscado atualizar informações e recadastrar as 23 empresas que foram bloqueadas por medida cautelar no final de 2014, devido a citações e acusações apresentadas nas investigações da Lava-Jato.
O novo questionário enviado pela estatal às fornecedoras tem como objetivo esclarecer as questões que inicialmente levaram ao bloqueio: envolvimento com políticos e práticas de corrupção dentro das empresas. Denominado “Due Diligence de Integridade”, o processo aborda questões de conduta ética e busca saber se as empresas vêm implantando métodos para evitar a recorrência de esquemas ilícitos, como fraudes contratuais.
Um possível processo de desbloqueio começa a se concretizar, ao passo que a Petrobrás emite sinais de mudança ao mercado. Em evento no final de julho deste ano, a companhia afirmou que começava a rever o cadastro de seus fornecedores e a implantar novos critérios de avaliação, em medida que busca retomar o ritmo de contratações no setor. Na época, a empresa apontou para um maior rigor na exigência de informações, que abrangem dados financeiros, estruturais e administrativos das companhias de fornecimento.
No mesmo mês, a empresa anulou o bloqueio sobre uma de suas fornecedoras, a TKK Engenharia. Após ter seu processo arquivado pela Controladoria Geral da União (CGU), sem indicações que comprovassem seu envolvimento em práticas investigadas na Lava-Jato, a TKK foi liberada para integrar novos projetos da Petrobrás. A lista de empresas bloqueadas ainda é grande, mas a liberação foi entendida como um novo caminho que passará a ser seguido pela companhia.
Com a reavaliação que aos poucos vem sendo feita pela estatal, o mercado de óleo e gás pode ver uma luz no fim do túnel em meio a um momento de enormes dificuldades. Caso o recadastramento e o desbloqueio se concretizem nos próximos meses, a expectativa é de que o mercado viva uma maior movimentação de investimentos, por mais que os aportes em novos projetos continuem reduzidos no cenário atual.
Acredito que o bloqueio foi uma atitude precipitada da antiga diretoria da Petrobras e da Graça Fortes, pois só deveria bloquear depois da condenação da justiça. Claro que os fornecedores de equipamentos e prestadores de serviços são diferentes. Porém tinha que usar melhor os critérios, pois muitos deles tiveram assédio dos próprios Diretores da Petrobras.
O BLOQUEIO DAS EMPRESA FOI CORRETO POR QUE FORAM CONSIDERADO APENAS 23 EMPRESA SUSPEITA DE CORRUPÇÃO ,ATÉ QUE PROVE AO CONTRARIO DEVE SER SUSPENSO DO CADASTRO DE FORNECEDORA.