BP ANUNCIA NOVOS CORTES DE GASTOS E VENDA DE ATIVOS DE US$ 5 BILHÕES EM 2016

Cortar gastos até que o mercado global de óleo e gás mostre sinais de recuperação. Essa vem sendo a postura da maior parte das companhias atuantes no setor, e a situação não é nada diferente para a britânica BP, que anunciou nesta semana a realização de uma nova rodada de corte de custos e desinvestimentos. Frente ao baixo preço do barril de petróleo, a nova meta da empresa é vender ativos em um total de até US$ 5 bilhões ao longo do próximo ano. O objetivo é preservar o caixa para se adaptar às dificuldades e poder arcar com a indenização de US$ 20,8 bilhões que a companhia deverá pagar pelo vazamento de petróleo ocorrido em 2010 no Golfo do México.

Esta é a terceira rodada de cortes feita pela empresa, que tem se movimentado intensamente para reduzir gastos e manter seu balanço financeiro positivo. Desde o desastre ocorrido com o vazamento de óleo que matou 11 trabalhadores, a petroleira já concretizou a venda de US$ 50 bilhões em ativos no mercado.

Este é o primeiro balanço trimestral feito pela companhia após a divulgação do valor final da multa cobrada pelo governo norte-americano. Com novas metas, a tendência é de que aumente a prática de cortes e que novos ativos sejam oferecidos a investidores da indústria. Os investimentos para este ano caíram de US$ 20 bilhões para US$ 19 bilhões, valor que deve se manter como base até 2017.

Mesmo no contexto de dificuldades, no entanto, a BP fechou na última semana um acordo de US$ 20 bilhões para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) à empresa chinesa Huadian. O contrato prevê a entrega de 1 milhão de toneladas de gás ao longo de 20 anos. Além disso, a companhia britânica assinou um acordo de cooperação com a China National Petroleum Corporation (CNPC) para o processo produtivo de gás não convencional na Bacia de Sichuan.