FUNCIONÁRIOS DA PETROBRÁS ADEREM À GREVE NA BAIXADA SANTISTA E AUMENTAM PRESSÃO PARA ACORDO
O cenário difícil da Petrobrás pode ser medido pela sequência de paralisações que vêm ocorrendo na estatal ao longo dos últimos meses e que não apontam para um fim próximo. Nesta quinta-feira (29), funcionários da companhia que atuam na Baixada Santista deflagraram greve e aderiram ao movimento trabalhista que já atinge seis estados brasileiros. Contrários à política de cortes implantada com o novo plano de negócios da empresa, os petroleiros exigem um reajuste salarial de 16% e a manutenção de direitos alterados. As duas partes têm divergido em diversos pontos propostos em um acordo coletivo, e a expectativa é de que uma nova reunião entre representantes da empresa e funcionários aconteça na tarde de hoje.
A nova paralisação na região atinge as operações na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, nos Terminais Transpeto em Santos, Alemoa e Pilões, além das plataformas Merluza e Mexilhão, localizadas na Bacia de Santos. O Edifício Valongo também passa a sofrer com a greve, que se estende por prazo indeterminado e está sendo liderada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Em reunião com a diretoria nesta quarta-feira (28), os funcionários não aceitaram um acordo coletivo oferecido pela empresa. As propostas da estatal firmavam um reajuste de 8,11%, assim como a redução do pagamento para horas extras, que caíria de 100% para 80%. A companhia segue a tendência que vinha defendendo nas últimas reuniões: redução de jornada aliada à redução de salários. Em nota, a empresa se diz aberta a novos dialógos com os representantes sindicais.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também segue o caminho de novas adesões à greve. Após a reunião realizada nesta semana, a entidade criticou o que chama de “postura arrogante” da empresa e afirmou que a intransigência da estatal levará a uma reação com paralisações. O sindicato irá se reunir hoje com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para assegurar seu direito à greve.
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