USIMINAS PARALISA ATIVIDADES NA USINA DE CUBATÃO E DEVE DEMITIR 2 MIL TRABALHADORES
A situação financeira da Usiminas não vai bem, e a empresa já começa a fazer ajustes em sua produção para se adaptar ao momento de dificuldades. É a crise se alastrando ainda mais pela indústria e dando novos alertas de que o país precisa de incentivos para retomar a economia. A siderúrgica decidiu interromper gradualmente as atividades nas áreas primárias da Usina de Cubatão, em São Paulo, o que deve implicar na demissão de cerca de 2 mil trabalhadores ao longo dos próximos meses. Com alguns de seus altos fornos paralisados desde maio deste ano, a usina terá desativada agora a sua produção de aço bruto e líquido. Segundo a empresa, a interrupção das atividades tem como objetivo “tornar a Usiminas mais competitiva no mercado nacional”.
A redução das operações reflete um quadro de menores demandas na indústria brasileira, que atualmente enfrenta dias difíceis. As adversidades não têm poupado a companhia, capitaneada por seu presidente Rômel Erwin de Souza (foto), que comunicou a nova paralisação nesta semana. De acordo com a diretoria da empresa, a medida se justifica por um “contexto econômico de deterioração progressiva do mercado siderúrgico”.
A interrupção envolverá sinterizações, coquerias, altos fornos e aciaria, implicando na paralisação da produção de placas. A meta da empresa é elevar seu patamar de competitividade para conseguir se adaptar a um contexto de baixa demanda no mercado nacional e excesso de capacidade produtiva em âmbito internacional. Afetada pela queda nas vendas, a companhia registrou um prejuízo de R$ 1,04 bilhão no terceiro trimestre deste ano.
Assim como em toda as grandes empresas da indústria brasileira, a Usiminas deu início a uma política de cortes de gastos e obtenção de recursos no mercado. Em maio deste ano, a companhia desligou um de seus altos-fornos em Cubatão, e em junho foi a vez da Usina de Ipatinga perder um de seus fornos. Para aliviar suas finanças, a siderúrgica anunciou também uma retomada de seu projeto de venda de ativos, que deverá ser focado em empreendimentos considerados não estratégicos pelo conselho administrativo da empresa.
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