GOVERNO DA NIGÉRIA FRAGMENTA PETROLEIRA ESTATAL EM SETE EMPRESAS E ENFRENTA GREVE DE FUNCIONÁRIOS
A crise no mercado internacional vem forçando mudanças no setor de óleo e gás, e uma nova fase se inicia na indústria da Nigéria. O presidente nigeriano Muhammadu Buhari (foto) determinou nesta semana a fragmentação da petroleira estatal NNPC em sete empresas independentes, que passarão a atuar com diretorias separadas e devem ampliar o foco do país em novos negócios. Justificada com base em uma melhora de eficiência, a medida vem acarretando em paralisações e greves por parte dos trabalhadores, que não foram incluídos no processo decisório e iniciaram nesta quinta-feira (9) uma ocupação na sede da companhia.
A paralisação pode afetar o fornecimento de combustível da empresa, que no momento tem suas operações interrompidas. Segundo líderes sindicais, a mudança na estrutura da petroleira não foi negociada com os funcionários e tem como objetivo efetuar novas demissões. De acordo com a União de Trabalhadores de Petróleo e Gás da Nigéria (NUPENG), as paralisações deverão continuar até que o planejamento para o quadro de profissionais seja esclarecido.
A mudança foi elaborada pelo ministro de Recursos de Petróleo do país, Ibe Kachikwu, que afirma não haver planos para redução no número de funcionários. Com a nova divisão, a estatal deverá ser dividida nas unidades de Upstream, Downstream, Gás e Comercialização de Energia, Refinarias, Novos Projetos, Planejamento Corporativo e Serviços, e Finanças e Contas.
“O princípio da reestruturação aprovada pelo presidente é que ninguém perca trabalho”, afirmou Kachikwu em comunicado esta semana. Segundo ele, a mudança não busca criar uma situação de redução de empregos, mas um aumento na eficiência do quadro de funcionários já existente. “Não há uma tentativa de demitir em massa”, declarou o ministro.
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