PAÍSES PRODUTORES DE PETRÓLEO SE REÚNEM EM ABRIL PARA DISCUTIR CONGELAMENTO DE PRODUÇÃO
Os impactos do baixo preço do barril de petróleo vêm mobilizando os maiores países produtores a buscar soluções para a crise, e uma novo caminho pode começar a ser traçado no mês que vem. De acordo com o ministro de Energia do Catar, Mohammed bin Saleh Al-Sada (foto), membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deverão se reunir no dia 17 de abril, em Doha, para discutir um congelamento dos níveis de produção, mesmo no caso do Irã se recusar a participar. O encontro busca avançar no tratado de estabilização de produção firmado no último mês entre Arábia Saudita, Venezuela, Catar e Rússia.
O diálogo vem sendo adotado como forma de acelerar a retomada do mercado, que se encontra em derrocada junto ao preço do barril desde 2014. A tendência é de que seja firmado um novo acordo para controlar a produção mundial e forçar uma elevação nas cotações. “No momento, cerca de 15 produtores da Opep e de fora do grupo, respondendo por cerca de 73% da produção global de petróleo, apoiam a iniciativa”, afirmou Sada em nota.
A recusa do Irã vinha sendo avaliada como um entrave às negociações, mas recentemente foi posta de lado pelo ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak. O executivo, que no início da semana se reuniu com representantes do governo iraniano, afirmou que um acordo pode ser fechado com a exclusão do país. O posicionamento foi reiterado por membros da Opep, que não veem a isenção como um fator que impeça um tratado de congelamento.
Em fevereiro, Arábia Saudita, Rússia, Catar e Venezuela fecharam acordo para congelar suas produções de petróleo nos níveis registrados em janeiro. A medida, que propunha a extensão da medida aos países da Opep, foi anunciada pelo ministro al Sa’adah, que atualmente ocupa também a presidência rotativa da organização.
Após meses seguidos de queda, o mercado começa a vislumbrar uma retomada nos preços do barril. Na última semana, a Agência Internacional de Energia emitiu um relatório em que afirma que a cotação do petróleo pode ter chegado a seu piso mínimo, o que significaria o início de uma retomada ao longo das próximas semanas. De acordo com o documento, o aumento na produção do Irã não teve o impacto que vinha sendo esperado sobre a indústria.
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