PETROBRÁS ADIA INÍCIO DE PRODUÇÃO NO PRÉ-SAL DE SÉPIA, LULA OESTE E ATAPU NORTE

fpso-cidade-de-ilhabela-no-pre-sal-da-bacia-de-santosO inevitável já acontece, e a crise do setor de óleo e gás começa a refletir sobre o avanço dos projetos no pré-sal. A Petrobrás deverá adiar o desenvolvimento dos campos de Sépia, Lula Oeste e Atapu Norte, de acordo com balanço divulgado nesta semana pela petroleira portuguesa Galp, que atua nas áreas junto à estatal. A mudança dos prazos não foi justificada, mas indica que a comercialidade da região ainda pode demorar a se estabilizar. Ao passo que Sépia e Atapu tiveram seu início de produção postergado ao menos até 2020, o campo de Lula Oeste, antes previsto para 2020, deverá ficar para a década seguinte.

A informação foi divulgada pela Galp no anúncio de seu novo plano de negócios para o período de 2016 a 2020. Apesar dos adiamentos, a companhia segue direcionando suas atenções ao pré-sal brasileiro e indicou que o campo de Berbigão/Sururu, na Bacia de Santos, terá seu início de produção antecipado em um ano, passando o prazo de 2019 para 2018. Por estar em período de silêncio devido ao anúncio de seus resultados ainda este mês, a Petrobrás não comentou as mudanças de prazo.

No balanço de suas operações, a Galp também informou que foram mantidos os cronogramas para Lula Central, previsto para este ano, Lula Sul e Lula Extremo Sul, para 2017, e Lula Norte e Atapu Sul, que devem iniciar suas produções em 2018. A petroleira, que hoje mantém sete de seus nove projetos ativos no pré-sal brasileiro, anunciou uma redução de 15% nos investimentos para os próximos cinco anos, em valor que deverá ficar entre € 1,1 bilhão e € 1,3 bilhão por ano. Este é o montante previsto também para este ano, que deve seguir a casa dos € 1,28 bilhão investidos ao longo de 2015.

Apesar do adiamento dos projetos, a transferência de grande parte das plataformas replicantes para a China reduziu os riscos de novos atrasos na entrega das unidades, afirmou o diretor executivo de Exploração e Produção da Galp, Thore Kristiansen. Em meio à crise do setor e o mau momento vivido pelas empreiteiras brasileiras, muitas obras vêm sendo levadas para fora do país e reduzindo aportes na cadeia nacional, mas o cenário é visto com bons olhos pela companhia portuguesa, que busca hoje reduzir seus custos para atravessar o momento de dificuldades no setor.

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