COM AGRAVAMENTO DA CRISE, MISEL ENGENHARIA SUSPENDE CONTRATO COM A PETROBRÁS PARA SERVIÇO DE MANUTENÇÃO NA REDUC
Em um efeito dominó de prejuízos e sem perspectiva clara de melhora, a crise segue se alastrando sobre todas as áreas da indústria brasileira de óleo e gás. Ao passo que a Petrobrás enxuga suas estruturas com foco constante na redução de custos, grande parte de sua cadeia de fornecedores luta hoje para manter as portas abertas e a cada dia mais contratos sofrem mudanças em decorrência de dificuldades financeiras. O mais novo caso a entrar para a lista vem da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro: após mais de dois anos de atuação e com as contas no vermelho, a Misel Engenharia rescindiu nesta semana o acordo com a estatal para prestação de serviços de manutenção na unidade. Com a suspensão, o contrato foi cedido à companhia Estrutural, que já vem dando início às suas operações no complexo.
A mudança é apenas mais uma em um quadro de crise que já tem estruturas sólidas no mercado brasileiro. Com uma queda impactante nas demandas ao longo do último ano, as fornecedoras nacionais lidam hoje com um cenário de finanças em risco e baixa perspectiva de retorno diante dos projetos ainda existentes, mantidos quase por protocolo em meio à política dominante do corte de custos. Ao passo que o setor se projeta para os primeiros passos de uma retomada ainda este ano, o cenário segue árduo para muitas empresas que vêm sustentando suas operações à margem da insolvência.
Em busca hoje de uma resolução para manter suas operações ativas, a Misel encerra sua participação no Reduc após mais de 18 anos presente no empreendimento; o contrato para serviços de manutenção, mais recente, foi firmado com a Petrobrás em meados de 2013. A estatal ainda não se manifestou sobre a nova concessão do acordo, que passará a ser efetuado pela Estrutural, sediada no Rio Grande do Sul.
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