ENI PLANEJA INVESTIR € 20 BILHÕES NA ÁFRICA ATÉ 2019
Com foco em novos polos de produção, a ENI vem se planejando de forma otimista para os próximos anos. A companhia italiana anunciou nesta sexta-feira (15) que pretende investir € 20 bilhões em suas operações na África até 2019, valor que representa cerca de 60% dos aportes da empresa no período e que será majoritariamente destinado à produção de petróleo e gás. De acordo com o CEO Claudio Descalzi (foto), o planejamento também deverá abranger a diversificação de serviços com investimentos em energias renováveis.
A petroleira atua em 15 países do continente africano, que nos últimos anos vem ganhando um protagonismo em novos negócios para produção na indústria de petróleo. A ampliação de projetos da empresa na região é impulsionada hoje por novas descobertas de gás feitas em Moçambique no Egito, que desde 2009 expandiram em mais de 12 milhões de barris as reservas estimadas da companhia.
Segundo Descalzi, a ENI vai expandir ainda mais seus aportes para desenvolver os campos gigantes de gás natural na região. Em agosto do ano passado, a empresa comunicou ao mercado a descoberta de uma reserva estimada em 30 trilhões de pés cúbicos de gás no Egito, no que seria a maior reserva de gás do Mediterrâneo. O campo abrange uma área de 100 km², com uma profundidade de 1.450 metros. “Esta descoberta histórica será capaz de transformar o cenário energético do Egito, onde estamos atuando há mais de 60 anos. Este sucesso de exploração adquire um valor ainda maior, já que o Egito é estratégico para a Eni e importantes sinergias com as infra-estruturas existentes podem ser exploradas, permitindo um início rápido de produção”, afirmou à época o executivo.
O investimento de € 20 bilhões integra o plano de negócios de € 37 bilhões da ENI que se estende até 2019. Na comparação com o ano passado, a companhia reduziu seus aportes em 21%, ampliando seu plano de venda de ativos com uma previsão de arrecadar € 7 bilhões no período. A petroleira, que ampliou sua produção em 10% ao longo de 2015, espera atingir um crescimento de 13% este ano.
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