HOLDING DO GRUPO MPE CONQUISTA DOIS LOTES EM LEILÃO DE TRANSMISSÃO E AMPLIA FOCO NA ÁREA DE ENERGIA

Adagir SallesA Holding do Grupo MPE está ampliando o foco na área de energia elétrica e teve uma vitória no início do novo planejamento estratégico, com a conquista de dois lotes no leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta semana. Foram arrematados os lotes F e W, que juntos deverão demandar um total de R$ 700 milhões em investimentos ao longo dos próximos anos, incluindo a construção de duas linhas de transmissão para reforçar o abastecimento de energia elétrica da região metropolitana de São Paulo e a ampliação de uma subestação em Onça Puma, numa área da Vale no Pará. O presidente da MPE, Adagir Salles, comenta que a área de energia está na essência do Grupo, com a realização de projetos no setor desde a sua origem, mas agora há um redirecionamento para aumentar o foco nos projetos ligados ao setor elétrico. “Temos um vasto conhecimento e uma grande expertise no setor, então queremos ampliar o número de projetos ligados à nossa experiência, impulsionando o crescimento da holding, sem deixar de ver o mercado como um todo”, afirma Adagir, que revela planos e estudos também ligados a projetos de geração.

O que inclui os contratos fechados no leilão?

A holding do grupo MPE conquistou dois lotes, o F e o W. O primeiro inclui um sistema de 345 kV, interligando a subestação de Bandeirantes à de Piratininga, para reforçar o abastecimento da região metropolitana de São Paulo. São dois circuitos subterrâneos, com 15 km cada um. Já o lote W é referente à ampliação de uma subestação de 235 kV, em Onça Puma, numa área da Vale no Pará.

Quanto deve ser investido nos projetos?

Nos dois lotes, a previsão é de que sejam feitos investimentos de R$ 700 milhões para construção dessas estruturas. Esses custos foram estimados pela própria Aneel. Os prazos de conclusão das obras são de três anos para o lote W e de quatro anos para o Lote F.

Qual a Receita Anual Permitida (RAP) para eles?

Para o lote F, a remuneração é de R$ 145,3 milhões por ano, enquanto para o lote W é de R$ 8,8 milhões ao ano. Os dois contratos são de 30 anos, mas dentro disso está incluído o período das obras, em que não há receitas.

Como deverão ser financiados os investimentos nos projetos?

Vamos buscar financiamento interno e externo para os dois empreendimentos. Tanto por meio de parcerias, quanto por meio de financiamentos diretos. Já estamos negociando com alguns players, mas ainda não podemos dar detalhes.

O que os contratos representam para o grupo?

É um momento importante. A holding do Grupo MPE resolveu voltar fortemente para o mercado de energia, que está ligado à nossa essência, então foram vitórias importantes. A empresa começou basicamente fazendo trabalhos na área de energia e um dos caminhos que escolhemos para isso foram os leilões. O grupo nunca saiu do mercado de energia, mas agora está voltando de forma muito mais atuante.

Por quê?

Porque achamos que é um mercado que está interessante. Com a retração do mercado de óleo e gás, decidimos dar uma ênfase maior nessa área de energia elétrica.

Como estão vendo o ano de 2016?

Estamos cumprindo nosso planejamento. Nele, uma das áreas em que estamos acreditando bastante é a de energia, que está ligada a nossa base. Nada melhor do que focar no que é sua essência numa época de crise.

Quais são as perspectivas para os próximos anos?

No futuro próximo, vamos continuar buscando um crescimento contínuo, com foco em áreas de atuação em que temos experiência. Temos um vasto conhecimento e uma grande expertise no setor de energia, então queremos ampliar o número de projetos ligados à nossa experiência, impulsionando o crescimento da holding, sem deixar de ver o mercado como um todo.

Como vê o futuro da matriz energética do País?

Hoje tem havido muitos leilões de geração de energia, tanto de solar, quanto de eólica, e também há uma série de leilões de transmissão, então o caminho está correto, para suportar a demanda crescente e o avanço do país, afastando de vez riscos de racionamento. Tanto pela geração, quanto pela transmissão. Não adianta ter geração se não tiver transmissão, e vice-versa. É preciso um balanço adequado e acredito que ele esteja sendo buscado de forma correta.

A holding do Grupo MPE tem interesse em projetos de geração também?

Estamos avaliando, para ver se participamos de algum leilão que venha a ocorrer. A parte de energia eólica é uma que nos interessa, por ser uma energia limpa, por haver bastantes locais com alta incidência de vento no Brasil, assim como os projetos de geração a biomassa também nos atraem. Solar também está no nosso escopo de análise, para ver se encontramos uma equação que nos dê sustentabilidade para participar dos leilões.

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alex san
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alex san

seria interessante a MPE pagar tudo que deve aos seus fornecedores. e não são poucos. uma vergonha isso.

André Motta
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André Motta

Pouca vergonha!!Um Grupo que ficou devendo entre salários e verbas rescisórias a mais de 1.000 Colaboradores, isso do anoo de 2014 para 2016…….fora isso tem um passivo altíssimo……..
Quero ver quando a Justiça Trabalhista começar a bloquear as verbas desse contrato, como esses Pilantras vão fazer??