MINISTRO DE MINAS E ENERGIA FAZ PRIMEIRO DISCURSO E DEFENDE AJUSTES NO SETOR ENERGÉTICO | Petronotícias




faixa - nao remover

MINISTRO DE MINAS E ENERGIA FAZ PRIMEIRO DISCURSO E DEFENDE AJUSTES NO SETOR ENERGÉTICO

FERNANDO-FILHO21A tempestade começa a baixar e agora já se traçam os futuros caminhos da indústria energética brasileira. Em seu primeiro discurso como novo ministro de Minas e Energia nesta quarta-feira (18), o deputado Fernando Coelho Filho (foto) defendeu ajustes nas bases do setor e a busca do que chamou de “estabilidade regulatória”. Segundo ele, entre as prioridades da nova gestão estarão a adoção de medidas para facilitar o ambiente de negócios e o fortalecimento das instituições, com foco na atração de investimentos a longo prazo.

O ministro, que participou hoje da abertura do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (ENASE), no Rio de Janeiro, ressaltou também o foco do governo no desenvolvimento do setor de energias renováveis. Sem detalhar estratégias, o parlamentar do PSB manteve um discurso generalista, mas afirmou ter já iniciado negociações políticas para “viabilizar um projeto de transformação que nos livre de uma agenda de incertezas e conflitos, muitas vezes provocados pelo próprio governo”.

Nomeado no final da última semana, após a posse oficial do presidente em exercício Michel Temer, o ministro Coelho Filho assume a pasta em um momento de grandes turbulências. Com a estagnação de diversas áreas do setor, ainda sob o efeito da crise na Petrobrás, o mercado espera hoje um maior envolvimento do governo com as demandas da iniciativa privada. A mudança no regime de partilha do pré-sal, por exemplo, é pauta dos partidos que hoje formam a coligação de Temer.

O Petronotícias ouviu diversos representantes da indústria para entender as expectativas do setor com a nova gestão. Para o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Antonio Muller, a perspectiva é positiva para os próximos anos, mas é necessário que o governo amplie o escopo de investimentos junto a parceiros privados. No caso da indústria nuclear, Muller defende a criação de um novo órgão regulatório para descentralizar as atuais funções da CNEN.

Na visão do presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), José Velloso, o momento é de novas cobranças para reverter a atual crise do setor. Segundo o executivo, a resolução dos problemas fiscais não pode ser atingida por meio de mais impostos. “Se a indústria não consegue pagar hoje os impostos, como você vai criar novas taxas?”

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of