NOVA FASE DA LAVA JATO FAZ MAIS UMA PRISÃO LIGADA A ESQUEMA NA ELETRONUCLEAR
Nem as Olimpíadas evitaram uma nova fase da Operação Lava Jato, que fez mais uma prisão nesta quarta-feira (10), levando para a carceragem da Polícia Federal em São Paulo o empresário Samir Assad, irmão de Adir Assad, que já está preso por conta de uma fase anterior das investigações. A ação desta quarta, batizada de “Irmandade”, também inclui um mandado de busca e apreensão.
De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro, o empresário Samir Assad e seu irmão teriam montado um extenso sistema de caixa dois para empreiteiras, com a participação de mais nove pessoas, para o pagamento de quase R$ 178 milhões em suborno, entre 2008 e 2013, a dirigentes da Eletronuclear.
Ainda segundo os investigadores, os dois irmãos eram conhecidos no mercado pelos apelidos de “quibe e esfirra”, e operavam para as empresas Andrade Gutierrez, a Delta e a Odebrecht, em obras como a construção da usina nuclear de Angra 3, a reforma do Complexo do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e a implantação do Comperj.
As investigações indicaram que o esquema dos irmãos Assad funcionava a partir da emissão de notas frias, por serviços jamais prestados às empreiteiras, para produzir caixa dois para o pagamento da propina. Para isso, eles mantinham empresas como a JSM Engenharia e Terraplenagem, a SP Terraplenagem e a Legend, por onde teriam passado quase R$ 600 milhões ao longo dos últimos anos.
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