APÓS COMPRA DE CARCARÁ, STATOIL PRETENDE AMPLIAR SEUS INVESTIMENTOS NO BRASIL

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Fernando de Carvalho  StatoilA norueguesa Statoil fez recentemente um importante investimento no Brasil, comprando 66% de participação da Petrobrás na concessão do bloco BM-S-8. Segundo o vice-presidente de Relações Institucionais da empresa no Brasil, Fernando de Carvalho, a companhia agora está posicionada para se tornar a operadora do campo de Carcará (localizado dentro do bloco), uma das mais importantes descobertas realizadas nos últimos anos pela Petrobrás. “Além da descoberta de Carcará, o BM-S-8 contém potencial exploratório que pode incrementar significativamente seu volume de recursos”, comentou o executivo. Carvalho também disse que a companhia norueguesa pretende aumentar o volume de investimentos no Brasil nos próximos anos, levando em conta que o País é uma das áreas prioritárias para a empresa. O executivo ainda falou sobre as mudanças em curso na legislação brasileira do setor de óleo e gás. “O Brasil tem uma base de recursos enorme e ainda volumes a serem descobertos. Mas tem agora um desafio da competitividade que pode ser resolvido através de medidas no âmbito próprio de controle do Brasil. O atual debate em torno dos assuntos relacionados às leis de petróleo e gás e impostos mostra que o Brasil está levando isso a sério“, afirmou. A Statoil também está em discussão com a Petrobrás para uma cooperação estratégica nas bacias de Campos e do Espírito Santo.

Quais as expectativas da empresa com a aquisição do bloco BM-S-8? De que forma a compra desse ativo será importante para os planos da empresa no Brasil?

A Statoil está bem posicionada para ser operadora do campo de Carcará pós-unitização, na sequência desta transação, e a rodada de licitação será uma oportunidade para aumentar ainda mais a participação neste campo. Além da descoberta de Carcará, o BM-S-8 contém potencial exploratório que pode incrementar significativamente seu volume de recursos.

Como estão os planos da empresa em relação a novos investimentos no País?

A Statoil pretende ampliar seus investimentos no Brasil nos próximos anos. A aquisição do bloco BM-S-8 foi um grande passo que demos nessa direção, ampliando nosso portfólio que hoje já tem projetos nas Bacias de Campos e do Espírito Santo. Sem dúvida, o Brasil é uma das áreas consideradas prioritárias, onde a Statoil pretende reforçar a sua presença nos próximos anos.

Quais as expectativas no médio e no longo prazo da empresa com os negócios no Brasil?

O Brasil é estratégico para a Statoil e é uma área onde temos uma previsão de crescimento rentável a longo prazo. É onde temos nossa maior operação fora da Noruega (Campo de Peregrino). O Brasil tem uma base de recursos enorme e ainda volumes a serem descobertos. Mas tem agora um desafio da competitividade que pode ser resolvido através de medidas no âmbito próprio de controle do Brasil. Nós competimos com projetos e oportunidades em todo o mundo – na Noruega, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá para mencionar alguns. O atual debate em torno dos assuntos relacionados às leis de petróleo e gás e impostos mostra que o Brasil está levando isso a sério. Isso é positivo e estamos ansiosos para vermos medidas concretas serem anunciadas.

Caso o Senado aprove o projeto de lei que determina o fim da operação única da Petrobrás no pré-sal, a empresa tem planos de ser operadora em campos dessa área?

Como dito anteriormente, a empresa está bem posicionada para ser operadora do campo de Carcará, na bacia de Santos, após a unitização, na sequência desta transação da aquisição do BM-S-8. Além disso, a rodada de licitação será uma oportunidade para aumentar ainda mais a participação neste campo.

A empresa está interessada nas oportunidades que surgirão com a 14ª rodada de licitações?

A Statoil está sempre avaliando oportunidades de negócios, tais como rodadas de licitação e farm-ins /farm- outs.

Em que fase está o projeto de cooperação estratégica que a Statoil quer fazer com a Petrobrás, que terá foco nas bacias de Campos e do Espírito Santo?

O tema está atualmente em discussão pela Statoil e a Petrobrás.

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Luciano Seixas Chagas

A estratégia da Statoil em adquirir Carcará foi e é uma jogada de mestre, pois além de dois bons prospectos existentes no Bloco BM-S-8, denominados de Guanxuma, com grande probabilidade de virarem expressivaS descobertas, ela também se posiciona bem, para na comprar participaçào na futura licitação a ser realizada pela ANP, como já anunciado, pois tal área vizinha será necessáriamente unitizada com a descoberta de Carcará, cuja estrutura principal se prolonga pela área adjacente. Somente a miopia dos dirigentes atuais da Petrobrás conseguiram enxergar bom negócio com a venda total do ativo por U$ 2,5 bilhões. Ademais, ao contrário do… Read more »