SANTANDER FINANCIAMENTOS PREVÊ CRESCIMENTO INTENSIVO NO MERCADO DE ENERGIA SOLAR
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Na expectativa da melhora do cenário econômico brasileiro, o Santander Financiamentos já espera um crescimento de grande expressividade em sua atuação no mercado de energia solar. O superintendente de parcerias da instituição, Newton Ferrer, explica que o banco já tem visto um aumento substancial na procura por crédito neste setor. “A demanda tem crescido, subiu bastante neste ano. Estamos aí observando um crescimento próximo de 200%“, contou. O executivo explica que a maior atuação da entidade está voltada à microgeração de energia, mas que o Santander Financiamentos está também ampliando sua participação no mercado de aquecimento solar. A instituição esteve presente na Intersolar South America, feira do setor solar que foi realizada na última semana, em São Paulo. Ferrer revelou que ficou surpreso positivamente com a procura por financiamento durante o evento. “O que eu acho é que tivemos um grande progresso. No ano passado, a nossa atuação estava restrita a três ou quatro parceiros. Nesse ano, a gente foi a 60% das empresas que estavam participando do evento“, destacou.
Como está atualmente a demanda por financiamentos para projetos solares?
A demanda tem crescido, subiu bastante neste ano. Estamos aí observando um crescimento próximo de 200%. As empresas que vendem projetos solares estão também nesse ritmo desse crescimento. A base de empresas dos últimos quatros era muito pequena. Até o ano passado, tínhamos 50 empresas cadastradas. Hoje, estamos perto de 200.
Quais os principais financiamentos que o Santander está fazendo atualmente no setor solar?
A nossa maior atuação é para microgeração de energia. Os projetos que a gente tem apoiado estão mais voltados ao atendimento do consumidor final. Tem um ponto que também chama atenção: para modalidade de eficiência energética, o único banco que tem feito financiamento para pessoa física é o Santander. Alguns bancos têm feito esses financiamentos, mas com olhar só para pessoa jurídica.
De que forma a conjuntura econômica afetou os negócios?
O primeiro semestre foi mais difícil por causa do dólar alto. As empresas tiveram dificuldade de importar o produto, atrapalhando as vendas. Mesmo assim, o mercado já cresceu esse ano, com a economia mais fraca. Com a melhora na economia, temos a expectativa de crescer na casa dos dois dígitos.
O Santander tem boas expectativas com relação aos financiamentos de energia renovável?
Além dessa atuação pela parte de financiamento para micro e mini geração, o banco também faz investimento neste setor de outras formas. O cliente que é correntista pode fazer financiamento, deixando um imóvel como garantia, para fazer investimento energético. O que temos acompanhado é que as empresas estão “misturando” os produtos. É comum agora as empresas buscarem soluções desde o melhor consumo do ar-condicionado, passando pelo projeto para troca de iluminação para led, chegando a fornecimento de sistemas fotovoltaicos e de aquecimento solar. Se o nosso cliente receber uma proposta desse tipo, nós fazemos o financiamento completo. Não tem nenhum componente de eficiência que a gente não apoia.
E qual a demanda esperada por crédito para projetos de geração distribuída?
Nós estamos investindo nesse setor há quatro anos. E, realmente, estamos investindo, porque a base era muito pequena. O que a gente tinha eram empresas com bastante dificuldade de vender nesse mercado. Então, existem as dificuldades de um mercado que está começando. Recentemente participamos da Intersolar. Eu fiquei impressionado com a procura e com os negócios que estão orbitando.
O senhor poderia fazer um balanço sobre a participação da Santander Financiamentos na Intersolar?
O que eu acho é que tivemos um grande progresso. No ano passado, a nossa atuação estava restrita a três ou quatro parceiros. Nesse ano, a gente foi a 60% das empresas que estavam participando do evento. Também ampliamos o leque para o mercado de aquecimento solar. Na Intersolar, muitas empresas desse segmento estavam participando. As principais companhias do setor fotovoltaico são aquelas que já estão com as nossas condições. Cada empresa dessa traz, a reboque, uma quantidade de companhias para vender. Com isso, você atinge todo esse mercado e consegue oferecer modalidade de opção de crédito para todos.
Poderia detalhar um pouco as linhas de créditos do Santander para o setor solar?
As linhas podem ser contratadas com prazo de 60 meses, com carência de até 90 dias. E com as características que temos oferecido, os clientes não estão escolhendo o prazo longo. O que temos visto é que o prazo de 20 meses é o que tem sido mais escolhido.
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