A ENEOS É MAIS UMA GIGANTE DO PETRÓLEO A DEIXAR MIANMAR DEPOIS DO GOLPE MILITAR DE FEVEREIRO

MINAMANRA empresa de energia japonesa Eneos é o mais recente player a sair da indústria de petróleo e gás de Mianmar, ao anunciar que estava saindo do projeto de produção de gás Yetagun em resposta a questões sociais, em meio a críticas de que as receitas do projeto estão fluindo para fortalecer o país militarmente. A medida ocorre depois que a gigante de energia da Malásia Petronas e a Mitsubishi Corporation do Japão também disseram, em fevereiro, que estavam se retirando do projeto offshore Yetagun. “Estamos examinando e discutindo com nossos parceiros de negócios sobre todas as medidas possíveis para fechar o negócio com base na situação para abordar questões sociais e potencial de negócios”, disse a  Eneos em um comunicado. O novo governo militar de Mianmar tomou o poder em fevereiro de 2021 por meio de um golpe. Desde então, a situação de segurança no país do Sudeste Asiático se deteriorou. A Nippon Oil, antecessora da Eneos, em 1991 adquiriu sua participação na Yetagun, e o campo offshore entrou em operação em 2000.

Atualmente, a Nippon Oil Exploration (Myanmar) – uma joint venture entre o governo japonês, a JX Nippon Oil & Gas Exploration e a Mitsubishi, afiliada à Eneos – detém uma participação combinada de 19,3% no projeto. A produção no campo de Yetagun tem diminuído nos últimos anos. O gás natural do campo é mandado para a vizinha Tailândia através de gasodutos offshore e onshore. As exportações de gás para a Tailândia ficaram em 16 milhões de pés cúbicos por dia no ano passado, uma queda de 96% em relação ao seu pico em 2007. Em 2003, a Petronas assumiu o projeto de condensado de gás Yetagun através da aquisição de uma participação operada de 26,67% da Premier Oil do Reino Unido.

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