A MISTURA DE MAIS BIODIESEL NO DIESEL RECEBE O INCENTIVO DO INSTITUTO DO COMBUSTÍVEL. AGORA SÓ FALTA O APOIO DOS CAMINHONEIROS

EMERSON KAPAZO Instituto Combustível Legal (ICL) considera positiva a aprovação do Projeto de Lei Combustível do Futuro pela Câmara dos Deputados. Será um incentivo para a ampliação de uma matriz limpa e renovável de energia no país, além de apoiar no processo nacional de descarbonização, diz. Pelo jeito só as empresas transportadoras de cargas não estão gostando do chamado “combustível do futuro”, exatamente porque terão que desembolsar um valor total ainda não previsto para adaptar os seus motores para este novo combustível e ter confiança que tudo irá bem nas longas viagens. O ICL ainda considera relevante a inclusão no “Combustível do Futuro” de novas rotas tecnológicas verdes para os biocombustíveis, caso do HVO, que faz parte do Programa Nacional de Diesel Verde. O ICL acredita que o programa fomentará a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso desse biocombustível. Mas, existe, na visão do Instituto, um grave risco de fraude se todas as distribuidoras não incorporarem a quantidade mínima (em volume, até 3%) que o CNPE fixará, a cada ano de diesel verde, mais caro, a ser adicionado ao diesel de origem fóssil.

Por se tratar de um combustível “drop-in”, as melhores experiências internacionais sugerem que a obrigação se dê no início da cadeia de valor, produtores eCaminhoes Reiter Nova Geracao Scania - 4 importadores, com ganhos de eficiência logística e, principalmente, maior facilidade de fiscalização.  O ICL avalia que tanto o aumento do etanol anidro na gasolina C para um teor de até 35%, quanto o aumento de mistura do biodiesel no diesel até 20% em 2030, conforme determinado no texto aprovado na Câmara, com os devidos testes de viabilidade técnica realizados, são importantes marcos de garantia da viabilidade da mudança. Como toda mudança, serão importantes as ações de fiscalização e educação do mercado, com os quais o ICL se compromete a apoiar. Outra inovação é a entrada de um novo combustível automotivo, o Diesel verde, que poderá ser até 3% do diesel comercializado no Brasil.

Segundo dados da ANP, a adulteração na gasolina C acontece geralmente com o aumento da quantidade de etanol anidro acima do limite permitido por lei, com registros de teores acima de 70%. O índice de não conformidade da gasolina tipo C equivale a 691 milhões de litros vendidos. No etanol, a adulteração mais comum acontece com a adição de água. No diesel, biodieseltem sido crescentes as identificações de diesel sem o correto teor de biodiesel. O ICL tem continuamente apoiado as fiscalizações da ANP e demais órgãos competentes e seguirá atuante em prol de um mercado mais regular e melhor combustível para o consumidor final.

Em relação ao etanol, o ICL defende a imediata entrada no sistema de monofasia – com alíquota uniforme, cobrada na produção/importação e fixa por litro de combustível (ad rem), como já ocorre na gasolina e no diesel. Esta ação reduzirá fraudes tributárias, muito comuns em empresas de fachada, criadas simplesmente para sonegar e constituir lucros gerando dívidas ativas de bilhões de reais para estados e União. Emerson Kapaz, presidente do ICL, diz que “Nós apoiamos a migração gradual para uma matriz mais eficiente e limpa, de acordo com as determinações do programa Combustível do Futuro. Para ser completa a mudança, pedimos também a imediata entrada do regime de monofasia do etanol hidratado e a caracterização do devedor contumaz, associado a ação fiscalizatória permanente e ativa.

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Fraga
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Fraga

Só sendo muito sem caráter pra apoiar isso. Quem tem carro diesel que vai arcar com o prejuízo

Ricardo Castro
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Ricardo Castro

Vai causar grandes prejuízos aos consumidores, por conta do biodiesel não ser devidamente refinado.

Psulo
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Psulo

Muita vagabundagem dos usineiros e barões do agro juntamente com os políticos, em nome da preservação do meio ambiente!! Isso aí eculhamba os motores dos carros e caminhões!!

Vandir P Rodrigues
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Vandir P Rodrigues

Não acredito em ignorância e sim em safadeza , todos os motores foram idealizador para um combustível a gasolina ou diesel com suas respectivas misturas !!O prejuízo para os motores são irreversíveis e a conta vai para os proprietários dos mesmos !!

Sérgio
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Sérgio

Porquê ao invés de biodiesel não usam o HVO que não causa borra ? Acredito que a resposta é que o HVO força os produtores de biodiesel investir bastante, já o biodiesel comum quem pagará o Pato do conserto do motor será o proprietário do veículo.

Alexandre Berzotti
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Alexandre Berzotti

Como podem apoiar uma coisa dessas. O lobby dos grandes interessados estou vendo que é grande. HVO ninguém fala né ICL ?
Quem tem oportunidade vaza do Brasil, isso aqui não tem jeito.