A PANDEMIA IMPACTOU O MERCADO DE ENERGIA SOLAR PARA HOTÉIS E CONDOMÍNIOS MAS HÁ PREVISÃO DE RETOMADA DOS NEGÓCIOS

O Grupo Lummière estava em franco crescimento de seus negócios, assim como a maioria das empresas brasileiras, antes de começar os efeitos nocivos da Pandemia no seio da economia.  Com um planejamento bem definido para avançar dentro do mercado de locação de energia solar no Brasil, em uma modalidade em que o consumidor paga apenas o valor da tarifa da energia, deixando de lado os investimentos em painéis solares, os negócios iam de vento em popa,  O CEO da companhia, Luiz Caldas, que participa hoje (26) desse Perspectivas 2021, fala deste modelo, sobre a economia dos clientes com a tarifa de energia que chega até a 30%,  sobre este mercado que estava em expansão, e como a sua empresa cruzou esses últimos meses. Fala também o que espera para o ano que vem e suas sugestões para que o governo seja mais eficiente. Vamos às suas opiniões:

1-Como o senhor e a sua empresa enfrentaram 2020, justo no momento em que a economia brasileira dava sinais de estar decolando?

– Somos da área de prestação de serviços no tema da Eficiência Energética. Atendemos rede de Hotéis, Escolas, Condomínios enfim, ou seja, consumidores de energia em baixa tensão, um volume considerável de contratos paralisados à beira de assinaturas.  Foi de fato uma pisada no freio imprevisível, tudo parou. O maior desafio foi manter a empresa viva, com controle absoluto das despesas, mantendo o fluxo de caixa possível à sobrevivência. Estatisticamente, muitas companhias fecharam as portas, acumulando dívidas, principalmente trabalhistas.  

2- E quais são as perspectivas de novos negócios para 2021?

– 2021 ainda estará sob o sucesso das vacinas em evolução. As  reuniões entre empresas ainda manterão o padrão virtual, deixando os parceiros sem aquela segurança do negócio fechado. O ciclo desses negócios na indústria, comércio e serviços,  creio que alcançará o patamar ideal histórico após consolidação da vacina, possivelmente no 2° Semestre. A descapitalização das empresas, devido as paralisações ocorridas será um ponto a ser considerado na revitalização dos negócios. Agora em novembro, tivemos uma boa notícia com a desoneração da folha de pagamento o que contribui para melhor equilíbrio entre receita e despesas.

3-Se o senhor fosse convidado a opinar sobre o que o governo deveria fazer, o que diria?

– Para o Governo recomendo o equilíbrio das contas públicas, acelerar as reformas estruturais, o novo marco legal do setor elétrico,  elaborar o plano de nacional de saneamento básico, podendo gerar milhões de empregos por todo o Brasil e alavancar as indústrias. Agir nas concessões de ferrovias, rodovias, agilizar privatizações, internalizar a construção de plataformas marítimas onde damos aos asiáticos, agilizar o processos para as usinas nucleares, principalmente Angra 3, pressionar o congresso nas reformas ainda pendentes, como a reforma administrativa com ênfase ao corte dos penduricalhos vergonhosos que engordam abusivamente os salários de funcionários  públicos. Agir no Congresso para uma reforma jurídica profunda que nos tire o título de pior justiça do planeta, onde processos se arrastam e se dissolvem no tempo, bem como a aprovação da prisão em 2ª instancia.