A UNIÃO EUROPEIA DIZ QUE NÃO VAI SOFRER COM O CORTE DO GÁS RUSSO VIA GASODUTOS NA UCRÂNIA
A Europa não sentirá o impacto com o corte do abastecimento de gás depois do corte feito ontem (1) pela Ucrânia nos gasodutos que transportavam o gás vindo Rússia. A guerra entre os dois países vai completar três anos em fevereiro com combates e perdas dos dois lados. Desde o impedimento do abastecimento via o Gasoduto NordStream, que foi sabotado no fundo do Mar Báltico, a Europa começou a usar um Plano B para se abastecer no inverno, como é agora. A Comissão Europeia vem preparando rotas alternativas há mais de um ano depois que Kiev deixou claro que não renovaria seu contrato com a gigante energética russa Gazprom, que terminou ontem. A Ucrânia perde, mas a Rússia perde mais. A infraestrutura europeia permite o fluxo de gás de outros países, disse o representante da Comissão Europeia. A UE aumentou a capacidade de importação de GNL e sua segurança energética foi reforçada pela expansão de fontes renováveis. o presidente Volodomyr Zelensky saudou a nova era como um golpe esmagador para a Rússia e suas receitas e disse em seu canal no X que “Quando Putin assumiu o poder na Rússia há mais de 25 anos, o bombeamento anual de gás pela Ucrânia para a Europa era de mais de 130 bilhões de metros cúbicos. Hoje, o trânsito de gás russo é 0. Esta é uma das maiores derrotas de Moscou.”
O acordo foi assinado pela Ucrânia e pela Rússia em 2019. Moscou pagou à Kiev cerca de US$ 800 milhões por ano para transitar seu gás para a Europa pelo gasoduto Druzhba, mesmo durante a invasão em grande escala. O corte fará com que a Gazprom perca US$ 5 bilhões em vendas anuais. Embora a maioria dos países da UE tenha se afastado da energia russa, o fim do acordo impactará mais a Eslováquia. A vizinha da Eslováquia e aliada da Rússia, a Hungria, continuará a importar gás russo pelo gasoduto TurkStream.
A Gazprom também interrompeu o fornecimento de gás para a vizinha Moldávia, citando supostas dívidas não pagas pelo país candidato à União Europeia, que adotou medidas emergenciais enquanto se prepara para cortes de energia. A Gazprom disse que se reservava o direito de tomar outras medidas, incluindo rescindir seu contrato com a Moldovagaz, a principal operadora de gás da Moldávia, na qual a empresa russa possui uma participação majoritária. A cessação do gás interromperá o fornecimento para a usina de energia de Kuciurgan, a maior do país. A Moldávia reagiu acusando Moscou de usar o fornecimento de energia como arma.
A Ministra da Energia da Áustria, Leonore Gewessler, disse que “A Áustria não depende mais do gás russo – e isso é um passo positivo.” Ela explicou que seu país já havia mudado para fornecedores não russos. Por exemplo, a gigante energética austríaca OMV havia encerrado seu relacionamento com a fornecedora de petróleo e gás, Gazprom, a maior empresa da Rússia.
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