ABASTECIMENTO NO RIO É NORMALIZADO, MAS GREVE DE CAMINHONEIROS GANHA FORÇA EM MINAS GERAIS

Novos desdobramentos na greve dos caminhoneiros transportadores de combustíveis, iniciada ontem (21). No Rio de Janeiro, um dos estados onde o movimento começou com força, a paralisação da categoria perdeu musculatura. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb), o risco de desabastecimento de combustíveis, por hora, está descartado na capital fluminense. Enquanto isso, em Minas Gerais, a greve está com força total e conta com adesão de 100% dos tanqueiros do estado, de acordo com o sindicato da categoria.

No Rio, ainda de acordo com o SindComb, as bases das companhias distribuidoras reabriram às 20h de ontem e retomaram os carregamentos de gasolina, óleo diesel e etanol hidratado. “O abastecimento aos caminhões FOB (Free On Board, de proprietários particulares) e CIF (Cost, Insurance and Freight, de propriedade das distribuidoras) vai seguir no fim de semana, de modo a atender à demanda reprimida por conta da paralisação dos tanqueiros”, destacou a entidade.

Já os motoristas mineiros ainda estão de braços cruzados. O presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, afirma que 100% dos tanqueiros do estado estão paralisados. Cerca de 800 caminhões estão parados na região metropolitana de Belo Horizonte, mas não há interdição de rodovias ou estacionamentos. O sindicato diz que a greve é por tempo indeterminado e exige negociações com os governos. Os caminhoneiros pedem a redução do preço do diesel, a revisão da política de preços da Petrobrás e a redução de impostos estaduais sobre os combustíveis.