ABDAN E OUTRAS ASSOCIAÇÕES DO SETOR ELÉTRICO DEBATEM A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA COM REPRESENTANTES POLÍTICOS EM BRASÍLIA
Uma movimentada manhã em Brasília nesta terça-feira (20). Membros da indústria de energia e representantes políticos participaram de um café da manhã para debater a transição energética brasileira. O secretário de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, os deputados Julio Lopes, Arnaldo Jardim e Lindbergh Farias, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa Neto, e o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, foram alguns dos participantes do encontro. Representantes de outras associações do setor elétrico também estiveram presentes.
O evento foi organizado pelo Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (FMASE). Um dos tópicos centrais da reunião foi a transição energética brasileira e quais as escolhas o Brasil deve fazer durante esse processo de transformação do setor de energia. Para o presidente da ABDAN, a opção pela nuclear trará benefícios ambientais para o país, por ser uma fonte de baixa emissão de carbono. Além disso, a tecnologia também ajudará no desenvolvimento econômico do Brasil.
“A grande meta da ABDAN é contribuir para que o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050 seja cumprido. O PNE definiu que o Brasil irá instalar de 8 GW a 10 GW de novas usinas nucleares até 2050. Existe ainda a perspectiva de novas tecnologias, principalmente os Pequenos Reatores Modulares (SMR). Esses modelos menores de reatores poderão ser usados não apenas na geração de energia, mas também na produção de hidrogênio limpo, na geração de calor e na dessalinização da água”, avaliou Cunha.
Outros membros do setor nuclear também participaram do fórum. São eles: o presidente da Nuclep, Carlos Seixas, o presidente da INB, Carlos Freire, o presidente da Rosatom América Latina, Ivan Dybov, e o diretor-executivo da Framatome, Alexandre Honaiser.
Durante sua fala no evento, o secretário do MME Thiago Barral destacou que o Brasil possui grande potencial em diferentes tipos de fontes de energia e o país precisa combinar toda essa diversidade. “O Brasil é o país do híbrido. É isso que nos faz a nossa matriz ser competitiva. Então, devemos aproveitar essa oportunidade e compor essas fontes em conjunto. Portanto, a transição energética está reestabelecendo oportunidades históricas para o Brasil nesse contexto”, opinou. Já o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, lembrou da importância da transição energética para garantir a sustentabilidade do planeta. “Nós temos um compromisso não apenas com a nossa geração, mas sobretudo com as próximas gerações”, concluiu.
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