ABIMAQ PROPÕE MUDANÇAS NAS POLÍTICAS PARA O SETOR INDUSTRIAL DO PAÍS
A diretoria da Abimaq percorreu o país nos dois últimos meses ouvindo seus associados, prestando contas das ações realizadas e esclarecendo as medidas que foram propostas aos presidenciáveis de criação de uma política industrial que possa reverter o atual momento delicado do setor.
Entre as principais demandas propostas pela associação estão: maior desoneração para o setor, inclusive sobre a revenda de produtos; desoneração total do ICMS nas saídas de bens de capital no Brasil; diferimento do ICMS, IPI, PIS e COFINS nas entradas das matérias-primas, material de embalagens e insumos, quando a aquisição for por parte dos fabricantes no país e solicitar ao BNDES a revisão do conteúdo nacional dos atuais 60% para 50%.
As outras sugestões foram:
- SPED – Livro de Registro da Produção e Estoques (Bloco K): Prorrogar sua vigência para o início de 2017
- Maior proteção para as indústrias que estão perdendo espaço para produtos importados;
- Pedir ao BNDES que aceite o índice de nacionalização mínimo de 15% para produtos que não têm componentes ou matéria-prima no Brasil e no Mercosul;
- Cartão BNDES: Incluir estes dois quesitos também nesta modalidade de vendas;
- Solicitar aos estados, via SEFAZ, que se suspenda a cobrança do ICMS da substituição tributária dos produtos;
- Trabalhar para uma ampla reforma tributária, trabalhista e previdenciária nos moldes europeus;
- Buscar taxa de juros e câmbio compatíveis com os países de primeiro mundo;
- Ter escritório regional em Chapecó;
- Trabalhar para uma ampla e geral reforma política partidária;
- Elaborar uma campanha nacional positiva, que promova as máquinas e equipamentos fabricados no Brasil, com a criação de um “Selo ABIMAQ”;
- Desenvolvimento de interfaces entre as empresas associadas que desejam crescer;
- Projeto de busca e desenvolvimento de fornecedores de insumos faltantes na cadeia de fornecimento nacional;
- Organizar um cluster de opções de financiamento para máquinas e equipamentos nacionais, além do FINAME e Cartão BNDES, para empresas que não têm a estrutura para responder à burocracia do BNDES.
No Paraná, o encontro do presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza (foto), com os empresários da região teve um tom bastante político. O diretor de ação política da entidade, Germano Rigotto, relembrou que a partir do enfraquecimento das “grandes locomotivas econômicas”, o Brasil teve a chance de ocupar importantes espaços na economia mundial. “Mas não o fez, porque deixou de realizar as reformas estruturais que agora dependerão de uma postura de estadista por parte da presidência”.
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