ABIOVE ANUNCIA SAFRA RECORDE DE SOJA PARA 2023 E ESPERA CONTRIBUIR COM 15% NA MISTURA DO DIESEL ESTE ANO

biocombustivelDefinitivamente os combustíveis estão recebendo uma posição de destaque em termos de pesquisa e desenvolvimento. Para o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), inclusive, o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, a ser discutido pelo novo governo, demanda ainda novas especificações para garantir a compatibilidade do produto com as tecnologias de motores. Algumas empresas já estão de olho no crescimento da safra de soja, de 2023, anunciada hoje (12) pela ABIOVE, para mostrar que há garantia de uso renovável dos biocombustíveis. O próprio Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que este percentual de uso também está sendo discutido com os grandes produtores.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) atualizou as estatísticas mensais do complexo soja no Brasil e ajustou a projeção para a safra 2023. Dados publicados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e compilados pela ABIOVE indicam que a receita com exportações do complexo soja bateram novos recordes em 2022. As projeções da ABIOVE para a próxima safra sofreram poucas alterações em relação à última divulgação (dezembro). A produção de soja deve ficar em 152,6 milhões de toneladas, recorde histórico, pouco abaixo das 153,5 milhões de toneladas previstas inicialmente. Ainda assim, a expectativa quanto ao processamento do grão segue em 52,5 milhões de toneladas, o maior já registrado em toda a série histórica: “Vale mencionar que a ABIOVE considera a retomada da mistura de biodiesel, 15% (B15), a partir de março, conforme cronograma previsto na legislação,” diz um comunicado da ABIOVE.

Qualquer alteração no teor compulsório de mistura deve ser precedida por um planejamento consistente e pela publicação das novas especificações de biodiesel de transesterificação, segundo a ANP. Atualmente, todo o diesel comercializado no país conta com 10% de biodiesel (B10). O cronograma inicial fixado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabelece que a mistura chegue a 15% este ano. Os produtores esperam que esta meta seja respeitada, já os distribuidores de combustíveis.

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