ACORDO ENTRE ALEMANHA, RÚSSIA E ESTADOS UNIDOS PARA RETOMADA DO GASODUTO NORD STREAM ESTÁ PERTO DE SER ANUNCIADO

Está muito perto um acordo entre a Alemanha, Rússia e os Estados Unidos sobre a conclusão do Gasoduto Nord Stream 2, que teve sua construção paralisada há meses, a cerca de 150 quilômetros do litoral alemão. O acordo vai  resolver uma disputa de longa data, resultado de um investimento russo de US$ 11 bilhões. O presidente Joe Biden e a chanceler alemã, Angela Merkel, não conseguiram resolver suas diferenças sobre o oleoduto submarino quando se encontraram na semana passada, mas concordaram que Moscou não deve ter permissão para usar a energia como arma contra seus vizinhos. O acordo chega após discussões entre autoridades americanas e alemãs sobre as preocupações dos Estados Unidos de que o gasoduto, que está 98% concluído, aumentará a dependência da Europa do gás russo. Há ainda o temor de que o projeto poderá privar a Ucrânia das taxas de trânsito que coleta atualmente com o gás bombeado pelo gasoduto já existente, que também cruza os países escandinavos antes chegar no coração da Alemanha.

Um acordo evitaria a retomada das sanções americanas atualmente renunciadas contra a Nord Stream 2, a Gazprom e o seu presidente executivo. Ainda não outros detalhes, mas a contrapartida americana seria a de maiores investimentos na Ucrânia para compensar as perdas de receitas pela opção de transferir o gás pela Europa pela Nord Stream 2, que trará gás do Ártico para a Alemanha sob o Mar Báltico. Derek Chollet, um conselheiro sênior do secretário de Estado Antony Blinken, se reunirá com altos funcionários do governo ucraniano em Kiev, possivelmente hoje (21) para reforçar o valor estratégico dos laços EUA-Ucrânia. A administração Biden concluiu que o Nord Stream 2 e seu CEO se envolveram em comportamento sancionável. Mas Biden renunciou às sanções para dar tempo para chegar a um acordo e continuar reconstruindo os laços com a Alemanha, que foram muito desgastados durante a administração do ex-presidente Donald Trump.