AINDA NÃO HÁ INFORMAÇÕES SE CASTELLO BRANCO RENUNCIARÁ AMANHÃ OU CUMPRIRÁ TODO MANDATO ATÉ 20 DE MARÇO
Ainda é um mistério como se dará o desfecho da substituição do atual presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco. Ao contrário do que está se dizendo, o Presidente Bolsonaro não o demitiu. Não porque não quisesse, mas porque não pode. Castello Branco tem mandato até o dia 20 de março e deve participar da reunião do Conselho de Administração da companhia amanhã (23), quando provavelmente entregará a carta de renúncia, porque já foi comunicado que seu contrato não será renovado. Ficar esperando até o fim do mandado é esticar o sofrimento e o desgaste da empresa. Na verdade, não será uma decisão difícil, já que, apesar de presidir a companhia, ele afirma que não defende combustíveis fósseis. Como analogia, seria o mesmo que um pacifista dirigir uma companhia de armas e munição ou um vegano administrar uma churrascaria. Castello Branco deixará a companhia muito menor do que recebeu e com um legado difícil de se orgulhar.
O General Joaquim Silva e Luna, que deve ter seu nome aprovado pelo Conselho de Administração para liderar a companhia, seguramente fará uma administração diferente. Se boa ou ruim, o tempo dirá, mas o que se espera é uma empresa mais nacionalista, mais indutora da economia, atendendo ao sócio majoritário, a União e mais ligada à indústria brasileira. Ele é um nacionalista na essência. Basta ver o legado que deixará na Itaipu Binacional. Na próxima sexta-feira (26), ele completará dois anos à frente da empresa e deixará marcado um novo protagonismo na empresa.
Hoje, a usina é responsável por viabilizar parcerias com os governos federal, estadual e prefeituras da região para obras essenciais capazes de mudar o status do Paraná e, em especial, o da região Oeste. Neste curto período, Itaipu fez e anunciou tudo o que era reivindicado há muitos anos pela região, mas que ficava muitas vezes apenas em vagas promessas. Entre as reivindicações, a construção de uma nova ponte entre o Brasil e o Paraguai, que vai mudar a logística da fronteira; a transformação do Aeroporto de Foz do Iguaçu, que terá condições de ser um hub do Mercosul; e a futura duplicação da rodovia mais importante para o turismo do município, a BR-469, que dá acesso às Cataratas do Iguaçu.
O redirecionamento de recursos, antes aplicados sem aderência à própria missão da usina, possibilitou investimentos de R$ 2,5 bilhões em iniciativas que vão mudar o perfil socioeconômico do Oeste paranaense e de outras regiões, com resultados imediatos na geração de empregos, num momento em que a economia ainda está sob os efeitos provocados pela pandemia da Covid-19. Ele acabou com as mordomias e unificou em Foz do Iguaçu todo o corpo de empregados, com a extinção dos escritórios de Curitiba (PR) e Brasília (DF). O mapeamento e a identificação de sombreamentos de ações e iniciativas internas exigiu mudanças significativas, que otimizaram o trabalho das várias áreas, com menos dispêndios e mais eficiência.
Na sua visão, a atividade-fim de Itaipu é a geração de energia, com entrega contratada de 75 milhões de megawatts-hora por ano para os sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai. Sua missão, no entanto, foi contribuir para o desenvolvimento econômico e social dos dois países sócios do empreendimento: Brasil e Paraguai: investir em obras que deixassem um legado para a população. Para isso, a margem brasileira suspendeu todos os convênios e ações que não faziam parte da missão e valores da empresa, como patrocínios para entidades com fins lucrativos ou fora da área de influência dos 54 municípios do Oeste.
Toda e qualquer ação precisaria ter métrica e resultado, sobretudo com economia de recursos para redirecionar investimentos que pudessem ajudar na melhoria do bem-estar da vida das pessoas. O foco passou a ser grandes obras reivindicadas pela população, algumas sonhadas há mais de 30 anos, sem perder de vista o emergencial e permanente, como aportes e convênios em ações de ajuda humanitária, campanhas contra a dengue, capacitação de guias de turismo e repasse de recursos para hospitais, entre outras. Mas sem promessas em vão. A cada anúncio, entrega garantida.
Em pouco mais de dois anos de mandato, o presidente Bolsonaro esteve oito vezes no Paraná. E ele retorna a Foz do Iguaçu na quinta-feira (25) para lançar o projeto de revitalização da linha de Furnas, que leva energia de Itaipu para o Sudeste e Centro-Oeste do País. Para se ter uma ideia do legado de dois anos do General Silva e Luna, veja a lista de ações da Usina de Itaipu:
- Segunda ponte entre Brasil e Paraguai;
- Implantação do trecho de 46,9 km da rodovia BR-487 (Estrada da Boiadeira);
- Duplicação da rodovia BR-469 (Rodovia das Cataratas);
- Obras de acesso 2ªBR/PY (BR 277);
- Duplicação do contorno oeste de Cascavel (BR-163);
- Duplicação da BR-277 – Trecho PRF/Ferroeste
- Implantação de contorno de Guaíra;
- Obras no Hospital Ministro Costa Cavalcanti;
- Ampliação da pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu;
- Revitalização da ponte Guaíra;
- Estrada Santa Helena-Ramilândia (26 km);
- Segunda sede do BPFron em Guaíra;
- Iluminação viária de 21 km da BR-277;
- Duplicação do acesso ao Aeroporto de Foz e ao Pátio de Manobras (Infraero);
- Construção do Mercado Municipal;
- Ciclovia na Vila A;
- Segunda fase da ciclovia na Tancredo Neves;
- Pista de atletismo em Foz;
- Revitalização do Centro Náutico de Guaíra;
- Projeto Beira Foz;
- Construção do Hemonúcleo de Foz;
- Laboratório de Medicina Tropical de Foz;
- Revitalização do Gramadão da Vila A, em Foz;
- Estudo de Viabilidade Técnica Econômica (Ramal Trimodal) Cascavel-Foz;
- Centro Integrado de Polícias de Foz;
- Revitalização do Porto Internacional de Guaíra;
- Reforma da Delegacia da Mulher/Turista/Instituto de Identificação, em Foz; e
- Nova sede da Fibra.
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