AINDA SÃO MUITO GRAVES AS CONSEQUÊNCIAS DO FURACÃO IDA PARA A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO DOS ESTADOS UNIDOS

ORLANDO – Por  Fabiana Rocha – As consequências do Furacão Ida na Louisiana ainda mostram suas garras. A Phillips 66 pode paralisar uma refinaria na área de Nova Orleans, já que a unidade sofreu muitos danos durante o furacão e os reparos podem ser muito caros, de acordo com técnicos familiarizados com a operação. O CEO Greg Garland deve visitar esta semana a refinaria da Alliance no subúrbio de Belle Chasse, Louisiana. As águas inundaram todo parque e para interromperam muitos equipamentos, destruindo a Casa de Força da Refinaria.  O porta-voz da empresa, Bernardo Fallas, disse que não há atualização operacional ou cronograma para reiniciar a instalação. Ela tinha capacidade de processar mais de 250.000 barris de petróleo por dia e foi fechada no dia 28 de agosto, um dia antes de Ida varrer o sudeste da Louisiana com ventos ferozes e chuvas torrenciais. Uma parede de água de 2,7 metros abriu um buraco no dique de proteção da refinaria e inundou a planta.

Enquanto isso, a refinaria e a fábrica de produtos químicos da Shell, ao norte da cidade permanecerão fechadas por várias semanas para que os reparos possam ser realizados.  Os danos causados pelo furacão  incluíram as tubulações destruídas e o isolamento arrancado pelos ventos. Mas a Shell está se preparando para reiniciar os oleodutos na costa do Golfo dos Estados Unidos, estando mais perto de restaurar parte da produção fechada pelo furacão. A maior parte dos dutos deverá estar pronta para operar em uma semana.  Ela  precisa estar pronta e funcionando antes de liberar os dutos para os  milhões de barris por dia da produção de petróleo de plataformas offshore que estão fora do ar desde o mês passado.

Para lembrar,  a tempestade provocada pelo Furacão Ida interrompeu a produção de petróleo dos Estados Unidos no Golfo do México como nenhum outro furacão havia feito antes. Nem o Catrina, que destruiu a Louisiana.  Quase duas semanas após a chegada da tempestade, mais de dois terços da produção do Golfo dos Estados Unidos permanecem paralisadas. Na quinta-feira(9), a Shell declarou força maior em vários contratos, pois ainda estava avaliando os danos. A empresa manterá inoperantes os oleodutos associados a sua instalação offshore West Delta-143, uma vez que as avaliações continuarão nesses ativos. A instalação serve como uma estação de transferência para os campos e plataformas de produção da Ursa, Medusa, Mars A e Olympus.