ALBUQUERQUE DIZ QUE RIO DE JANEIRO É FORTE CONCORRENTE PARA RECEBER NOVA USINA NUCLEAR
O estado do Rio de Janeiro está no páreo na disputa para receber uma nova usina nuclear. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que participou hoje (3) de um evento em Nova Iguaçu, na região metropolitana fluminense. Como se sabe, o ministro anunciou recentemente que o próximo Plano Decenal de Energia (PDE 2031), que deve ser lançado no próximo ano, indicará a construção de uma nova planta nuclear.
“A nova usina poderá ser na região Sudeste, no Estado do Rio de Janeiro ou em qualquer outro, desde que cumpra os requisitos necessários. Mas o Rio é forte concorrente pra recebê-la”, avaliou Albuquerque. A fala aconteceu durante a inauguração do Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes (CEPEL). “O Rio é imensamente privilegiado no que diz respeito à posição geográfica e, também, potencial energético que já possui, em petróleo e gás e geração nuclear. O Rio é forte concorrente”, concluiu.
Os estudos para definição de novos sítios nucleares devem ser concluídos até o início de 2022. O ministro ressaltou, no entanto, que antes de concentrar esforços nas obras da quarta usina nuclear brasileira, a ideia é focar na conclusão da construção de Angra 3 – parada desde 2015. Albuquerque acrescentou que a expansão da fonte nuclear vai ao encontro das necessidades brasileiras de descarbonização.
LABORATÓRIO DE SMART GRIDS: INVESTIMENTO DE 20 MILHÕES
O Laboratório de Smart Grids lançado durante o evento de hoje do CEPEL foi fruto de um investimento de R$ 20 milhões, provenientes da Eletrobrás, Petrobrás e do Projeto META. A unidade de pesquisas permitirá a definição e a avaliação experimental de requisitos de conexão que possibilitem integrar, de forma otimizada, elevados níveis de recursos energéticos distribuídos, como geração solar fotovoltaica distribuída, geração eólica, armazenamento com baterias e veículos elétricos plugáveis.
Além do ministro de Minas e Energia, a cerimônia contou ainda com as presenças do presidente da Eletrobrás, Rodrigo Limp, do diretor de Transmissão da Eletrobrás e presidente do Conselho Deliberativo do Cepel, Marcio Szechtman, dos diretores do Cepel, Amilcar Guerreiro, Maurício Barreto Lisboa, Orsino Borges de Oliveira Filho e Consuelo Garcia, entre outros executivos e autoridades.
“A nossa transição energética começou há 50 anos, quando iniciamos a construção de Itaipu. Logo depois criamos o Cepel, quando criamos nosso programa nuclear. Nessa ocasião, já acreditávamos na bioenergia, com o Proálcool. Hoje, estamos colhendo os frutos disso com a nossa matriz elétrica limpa, renovável e sendo uma referência para o mundo. Estou muito feliz de ter visitado o Cepel. Muito obrigado pela recompensa que vocês me dão no exercício do cargo de Ministro de Minas e Energia”, disse Albuquerque.
No Rio em especial à população de Angra dos Reis já aderiram e até apoiam as usinas nucleares. Eu acredito que ainda cabe mais uma ou duas usinas na sequência de Angra 3. Tem tudo a favor inclusive as normas ambientais. Pela urgência de crescimento o país precisa de energia rápido e não pode perder muito tempo para liberar outras usinas. Mais uma ou duas em Angra entrando em paralelo com pedido para outras localidades como norte e nordeste.