ALTA PRODUÇÃO DO PRÉ-SAL EMPURRA A PETROBRÁS A RETOMAR AS OBRAS DE ALGUMAS UNIDADES DO COMPERJ
Pedro Parente está começando a sua gestão com pé direito. Ele já conseguiu que o atual Conselho de Administração da Petrobrás desse sinal verde para a retomada de algumas obras do Comperj. A decisão tinha sido tomada ainda na gestão Bendine, já que é cada vez maior a necessidade de escoar a quantidade gigantesca de produção dos campos do pré-sal. Por isso ,algumas unidades de produção serão relicitadas. E o que se sabe é que dificilmente as empresas que estão na Black List da empresa, ou seja, as maiores empreiteiras do país, serão convidadas a participar das relicitações.
Desde o final de 2015 o planejamento estava sendo feito neste sentido. Com o agravamento da crise econômica no país e na empresa, fez com que os planos fossem adiados. governo planeja lançar em breve as primeiras relicitações para retomar a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural. No mesmo período, deve ser divulgado o edital das novas licitações para a criação da Central de Utilidade, responsável pelo fornecimento de água e energia ao empreendimento.
A retomada das atividades no complexo traz boas perspectivas para a indústria da região, que vem sofrendo com o impacto da paralisação de algumas unidades do projeto. A estimativa é de que o reinício das obras gere 5,5 mil empregos até o final do ano que vem.
O Comperj está praticamente abandonado, mas já contou com um quadro de 30 mil funcionários no pico das obras. A construção foi suspensa e acarretou milhares de demissões após a citação do complexo em denúncias de superfaturamento investigadas pela Operação Lava-Jato. A Unidade de Processamento de Gás Natural e a Central de Utilidades foram os únicos projetos a serem mantidos pela Petrobrás em seu Plano de Negócios 2015-2019.
A estatal estaria agora negociando com três empresas um novo modelo de contrato para viabilizar a retomadas das obras na refinaria do complexo. O objetivo da companhia é atuar com um parceiro que também assuma os riscos do negócio, além de entrar com financiamento.
O Comperj, que tem sua entrada em produção prevista para o quarto trimestre de 2018, vinha em derrocada desde o início do ano. A última paralisação de obras aconteceu em outubro de 2015, com a desmobilização da construção da Tubovia, após o consórcio liderado pela Andrade Gutierrez não fechar acordo com a Petrobrás quanto a aditivos contratuais. A suspensão das obras levou à demissão de mil trabalhadores.
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