ANGOLA ESTÁ CORRENDO RISCO DE FICAR SEM SUAS RESERVAS DE PETRÓLEO A PARTIR DE 2028
O alerta vermelho foi aceso pelo especialista no mercado de petróleo e CEO da PetroAngola, Patrício Quingongo: “Angola já não tem produção para aguentar 10 anos”. Segundo afirma o executivo, o maior problema está na baixa produção petrolífera e no reduzido nível de reservas, fixadas em 5 bilhões de barris: “Um país que chegou a produzir quase dois milhões de barris de petróleo, se produzir abaixo de 700 a 600 mil barris não é uma produção sustentável”, esclareceu. Se a produção, disse, cair abaixo de 600 mil barris, as empresas não se vão manter no mercado, uma vez que no passado já atingiram níveis de até 250 mil barris de petróleo por dia. Para o CEO da PetroAngola, a média da produção nacional para este ano revista e anunciada pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, é de 1,1 milhões de barris.
Quingongo estuda ativamente a indústria petrolífera, há mais de uma década; trabalhou 7 anos para a Companhia Petrolífera Internacional ExxonMobil (Esso Angola) no Departamento de Operações Petrolíferas, na área de Produção de Petróleo. É bacharel em Engenharia de Refinação de Petróleo pela Universidade Jean Piaget de Angola, graduado em Engenharia de Produção de Petróleo & Gás e Tecnologia Aplicada a Engenharia de Petróleo pelo Southern Alberta Institute of Technology (SAIT) no Canadá. É Mestre em Gestão Internacional de Petróleo e Gás pela Universidade de Liverpool, no Reino Unido. A sua especialização engloba todos os setores da indústria petrolífera, incluindo os setores upstream, midstream e downstream. Realiza várias pesquisas e análises de mercado para companhias de consultoria e pesquisa, é membro profissional da Sociedade de Engenheiros de Petróleo (SPE).
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