ANP ALERTA PARA NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS EM REFINO E APONTA OPORTUNIDADES NO PAÍS
A indústria do refino anda em marcha lentíssima e as previsões otimistas do passado passam longe do cenário presente, mas a demanda por derivados continua sendo uma preocupação para a Agência Nacional de Petróleo. No momento áureo da Petrobrás, além da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Comperj, no Rio de Janeiro, estavam previstas outras duas refinarias de grande porte no país, as chamadas Premium, que seriam construídas no Ceará e no Maranhão. No entanto, após o salto mortal do endividamento da estatal, hoje nem a Rnest e o Comperj estão mais garantidos em suas capacidades totais projetadas, reduzindo as expectativas nacionais de alcançar a autossuficiência em relação aos combustíveis.
Esse imobilismo e a falta de perspectivas de investimentos no segmento foram ressaltados pela diretora da ANP, Magda Chambriard (foto), em artigo publicado no jornal O Globo desta terça-feira (30), em que ela destaca a importância de serem planejados novos recursos para aplicação em refino e a construção de novas refinarias pelo Brasil, sem, porém, fazer menções diretas à Petrobrás e suas refinarias.
De acordo com a diretora, estudos da agência indicaram a necessidade de construção de uma nova refinaria no Maranhão, para atender o Norte e o Nordeste, e outra para suprir a demanda do oeste de Minas e da Região Centro-Oeste.
“Ainda que sejamos um dos principais consumidores do mundo, contamos apenas com o oitavo maior parque de refino. Isso significa que o Brasil teve de importar em torno de de 349 mil barris de combustíveis por dia, em 2015”, afirmou Chambriard no artigo.
Além disso, ela ressalta que o país tem todas as condições para continuar atraindo capital para o setor, com uma série de oportunidades interessantes de investimento, inexistentes em mercados mais maduros, lembrando que, caso nada seja feito, a dependência externa do Brasil pode chegar a 1,1 milhão de barris de combustíveis por dia em 2030. No entanto, para isso, ela alerta que o planejamento precisa ser iniciando com urgência.
“Do contrário, poderemos correr risco de haver dificuldades de abastecimento de combustíveis no futuro”, diz a diretora no texto.
A engenheira Magda aborda com pertinência a questão refino, que, d’antes, nos tempos de preço de petróleo caro, era um dos piores negócios na cadeia do poço ao posto, e hoje virou um dos melhores, por mudança de conjuntura. Face à nossa dependência, com bem documentado pela engenheira, este é o momento oportuno para completarmos os investimentos parados nos parques de refino, que ainda demandam investimentos expressivos. Assim continuo na mesma cantilena. Se o governo capitalizasse a sua empresa, com o excesso das nossa substantivas reservas cambiais, resolveríamos os problemas e criaríamos empregos no Paìs. Vaticino que, novamente, para resolver… Read more »