APÓS RENÚNCIA DE LIMA NETO, PETROBRÁS PROCURA NOVO NOME PARA PRESIDÊNCIA DA BR

Quem estiver exercendo um alto cargo no sistema Petrobrás, cuidado para não ficar doente. Este pode ser o primeiro passo para a demissão do cargo. Pelo menos foi o mesmo motivo alegado pelo ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, pelo ex-presidente do Conselho de Administração, Murilo Ferreira, e também pelo ex-presidente da BR Distribuidora, José Andrade de Lima Neto. Todos justificaram motivo de doença para deixar seus cargos.  E pelo jeito que o governo Dilma está indo, este vírus promete se espalhar rapidamente.

Em seu lugar, assume interinamente o diretor financeiro da BR, Carlos Aberto Tessarollo, até a escolha de um substituto para Lima Neto. Na verdade, esse novo nome já vinha sendo estudado pela estatal, desde que a abertura do capital da subsidiária foi adiada em função de discordâncias sobre o momento certo para a operação.

A saída de Murilo Ferreira da presidência do conselho da Petrobrás, anunciada na segunda (14), deu-se pelo mesmo motivo, já que ele tinha votado contra a abertura do capital da BR antes da reestruturação da companhia, inclusive com a troca de comando da empresa.

O resto do conselho divergiu de Ferreira, à exceção do conselheiro Deyvid Bacelar, representante dos empregados, que concordou com o voto do presidente. Após as discordâncias, a Petrobrás acabou contratando uma consultoria para buscar um novo nome em substituição a Lima Neto, e agora ele facilitou o caminho para o futuro ocupante.

Com a preocupação em angariar recursos da forma mais rápida possível, a Petrobrás decidirá no dia 30 o futuro da BR, em nova reunião do conselho. Em junho, o endividamento líquido da companhia chegou a R$ 323,9 bilhões, o que tem tornado as preocupações ainda maiores internamente.