ATRASO EM USINAS NO BRASIL CAUSA ROMBO DE R$ 65 BILHÕES
De 2006 para cá, o prejuízo causado por atrasos e descumprimentos nos cronogramas de geradores de energia no Brasil atingiu um valor de R$ 65,1 bilhões. O número foi estimado por um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que fez um levantamento com 272 usinas e 410 turbinas, que apresentaram um atraso médio de 4,1 anos. ao todo, são 10.376 megawatts de potência que deveriam estar em operação, algo próximo de 8% de toda a atual energia gerada no Brasil.
Para chegar a essa cifra, a Firjan buscou os preços dos megawatts de cada projeto no momento de seu leilão e fez as devidas correções inflacionárias. A diferença apontada por esse rombo bilionário foi calculada a partir do que foi gasto para repor a energia que seria gerada por esses projetos. A capacidade menor de geração faz com que o Brasil recorra demais à fontes termelétricas, que encarecem o custo médio da energia para R$ 403,80 por megawatts/hora.
A Firjan considera o momento crítico, e defende que se acelere a construção de linhas de transmissão para usinas que precisam somente estar ligadas ao Sistema Interligado Nacional para entrar em operação, assim como a conclusão de projetos que operam parcialmente e o cancelamento das obras que não possuem “reais chances de serem concluídas”. Cristiano Prado, gerente de Competitividade Industrial e Investimentos do Firjan, garantiu a importância dessa ação para cumprir os cronogramas. “Essas ações são essenciais para garantir que o planejamento seja de fato executado, permitindo ao país ter a garantia de fornecimento de energia e minimizando o risco de crises futuras”, afirmou.
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