AUTORIDADES E MEMBROS DA INDÚSTRIA VÃO INTENSIFICAR MOVIMENTO EM PROL DA ATIVIDADE EXPLORATÓRIA NA MARGEM EQUATORIAL

Imagem do WhatsApp de 2023-05-20 à(s) 13.40.42Vários agentes do mercado de óleo e gás e figuras políticas entraram de vez no movimento em prol da liberação das atividades exploratórias na Margem Equatorial, que fica situada no litoral entre os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte. Diversas autoridades e representantes de associações viajaram no último final de semana até Oiapoque, no Amapá, no extremo norte do Brasil, para uma audiência pública que debateu as oportunidades do setor de óleo e gás na costa do estado. O evento foi realizado pela Assembleia Legislativa do Amapá e reuniu o governador do estado, Clécio Luís, os senadores Lucas Barreto (PSD-AP) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), a diretora-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Karine Fragoso (foto), o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural, Roberto Ardenghy, além de outras autoridades, membros da indústria e representantes de povos indígenas. A audiência foi proposta pelo deputado estadual Delegado Inácio (PDT-AP), que visitou recentemente 14 aldeias do Amapá, conversando e convidando líderes indígenas para o evento.

Karine destacou que os próximos dez dias serão de muita mobilização por parte das classes política e empresarial dos estados do Amapá, Pará e Maranhão em favor da liberação das atividades exploratórias na Margem Equatorial. Inclusive, existe a expectativa de que políticos amapaenses se encontrem ainda nesta semana com o presidente Lula para debaterem o tema. “O povo do Amapá tem o direito de saber o tamanho das reservas de petróleo que existem na costa do estado. Estamos nessa luta em favor da liberação para exploração desse primeiro poço no litoral do Amapá, que pode abrir espaço para atividades em toda a Margem Equatorial. No geral, houve um consenso na audiência em favor da liberação dessa pesquisa sobre o potencial de petróleo no Amapá”, disse a diretora da ONIP.

Imagem do WhatsApp de 2023-05-20 à(s) 16.03.17Para lembrar, a Petrobrás está tentando conseguir o licenciamento ambiental para a perfuração no bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas, a 175 quilômetros da costa do município de Oiapoque e a 500 km da foz do Rio Amazonas. Contudo, na última semana, o Ibama negou a licença ambiental, alegando que a Petrobrás não conseguiu sanar pontos críticos de seu projeto.

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), que não esteve presencialmente na audiência, falou aos participantes por vídeo: “Esse é um momento muito importante para o Amapá e para o Brasil proporcionado pela Assembleia Legislativa. Meu compromisso é continuar atuando em todas as esferas do poder central para viabilizar os meios de podermos explorar, respeitando os padrões internacionais, do ponto de vista ambiental, todas as nossas riquezas e oferecer ao nosso povo amapaense e também para o país a oportunidade de desenvolvermos a nossa região através dos nossos recursos e da forma mais ampla e segura para nossas comunidades ribeirinhas e povos tradicionais, garantindo a preservação do meio ambiente e de nosso ecossistema”, declarou.

Já o governador do Amapá, Clécio Luís, lembrou do histórico positivo da indústria petrolífera brasileira e salientou a importância de estudos que possam explorar de forma sustentável os recursos energéticos da Margem Equatorial. “Essa audiência nos proporcionou a oportunidade de repor a verdade sobre a exploração de petróleo na costa do estado, essa é uma fase de pesquisa e o que o Ibama nos negou foi a possibilidade de conhecer todas as nossas potencialidades, sabemos que a transição energética pode levar décadas e, enquanto isso, não podemos abrir mão dessas riquezas”, avaliou.

Imagem do WhatsApp de 2023-05-20 à(s) 16.03.15Enquanto isso, o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, avaliou a audiência como um momento muito importante para esclarecer às comunidades os benefícios de se explorarem os recursos naturais da região. “Trouxemos uma mensagem de confiança e segurança porque somos um setor que produz hoje cerca de 3.5 milhões de barris com muita responsabilidade ambiental, isso é também significativo pela presença das comunidades locais, representantes dos povos indígenas, empresários locais que vêem nisso uma grande oportunidade para o desenvolvimento da região”, declarou.

Por fim, o deputado Delegado Inácio comemorou o fato de a audiência ter reunido toda a comunidade política do estado. “Fizemos isso para que, primeiramente, a população de Oiapoque entenda o processo, compreenda as bases científicas e técnicas, por meio de uma linguagem acessível, todas as condições e para que toda a sociedade possa se manifestar”, disse o parlamentar. “Sabemos que há aspectos negativos e positivos, obviamente, porém, minimizar os aspectos negativos e maximizar os positivos nos dá a possibilidade de criar uma cadeia produtiva de geração de emprego e renda em um estado como o Amapá onde há um grande número de pessoas que hoje vivem dependentes dos programas sociais , que são importantes, mas que somos conhecedores que o melhor programa sempre será a garantia de um emprego e essa será uma realidade com essa atividade econômica, além da arrecadação tributária, através dos royalties que podem ser investidos em novas políticas públicas que tragam qualidade de vida”, finalizou.

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