AUTORIDADES NUCLEARES FRANCESAS DECIDEM PROLONGAR POR MAIS 50 ANOS AS OPERAÇÕES DOS REATORES DE 900 MWe

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Enquanto os consumidores alemães amargam os preços altos da energia elétrica depois do governo da Alemanha decidir  desembarcar da energia nuclear no país, o regulador de segurança nuclear da França, a Autorité de Sûreté Nucléaire (ASN), estabeleceu as condições para a operação contínua dos reatores de 900 MWe da EDF por mais de 40 anos. O regulador disse que considera que as medidas previstas pela EDF combinadas com as prescritas pela ASN irão garantir a segurança das unidades por mais 10 anos de operação. A EDF opera três projetos de reatores de água pressurizada, conhecidos como 900 MWe, 1300 MWe e 1450 MWe N4. Seus 32 reatores operacionais de 900 MWe entraram em operação comercial entre 1977 e 1988, e incluem o mais antigo da atual frota nuclear do país. Esses reatores estão em operação nas usinas nucleares de Blayais, Bugey, Chinon, Cruas-Meysse, Dampierre, Gravelines, Saint-Laurent e Tricastin da EDF.

A ASN analisa todos os reatores franceses a cada 10 anos. Para aproveitar a natureza padronizada dos reatores da EDF, essas revisões são realizadas em duas etapas. Em primeiro lugar, a fase de revisão genérica, que cobre assuntos comuns a todos os reatores de 900 MWe. Em segundo lugar, a fase de revisão específica, que diz respeito a cada reator individualmente e que decorrerá até 2031. A ASN observou que a quarta revisão periódica de segurança dos reatores de 900 MWe é “de particular importância porque a hipótese de vida útil adotada na fase de projeto era de 40 anos. A operação contínua além de 40 anos exige a atualização dos estudos de projeto ou substituições de equipamentos”.

“Esta resolução fecha a fase ‘genérica’ da revisão de segurança, que diz respeito aos estudos e modificações das instalações comuns agffffddsss todos os reatores de 900 MWe, pois todos eles têm um modelo de projeto semelhante.”  A ASN examinou a fase genérica com o apoio do Instituto Francês de Proteção Radiológica e Segurança Nuclear e dos grupos permanentes de peritos, que se reuniu 12 vezes entre 2018 e 2020. Em um comunicado,  a ASN disse que  “Esta resolução fecha a fase ‘genérica’ da revisão de segurança, que diz respeito aos estudos e modificações das instalações comuns a todos os reatores de 900 MWe, pois todos eles têm um modelo de projeto semelhante.” Esta consulta levou a ASN a alterar ou esclarecer alguns dos requisitos de sua resolução. “É o caso, por exemplo, de alguns estudos prescritos pela ASN, para os quais os prazos de conclusão foram antecipados. A ASN também adiou alguns prazos por conta de restrições industriais e operacionais específicas, quando isso era aceitável do ponto de vista de segurança.”

A segurança dos reatores de 900 MWe será muito melhorada devido a uma série de medidas, disse a ASN. Incluem a verificação da conformidade dos reatores com o seu sistema de referência, bem como a melhoria da sua capacidade de resistir a ataques mais severos “de origem interna ou externa”. As modificações também limitarão as consequências radiológicas de acidentes sem colapso do núcleo. Além disso, serão feitas melhorias nas providências para o gerenciamento de situações acidentais ou agressivas que afetem os reservatórios de combustível usado das unidades. “A ASN considera que as medidas planejadas pela EDF combinadas com as prescritas pela ASN abrem a perspectiva de operação contínua desses reatores por mais 10 anos após sua quarta revisão periódica de segurança.”

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