AVANÇO DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO PODE IMPULSIONAR RETOMADA DA INDÚSTRIA NACIONAL
O anúncio da retomada do Programa Nuclear Brasileiro, feito pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, na quarta-feira (15), foi uma das poucas boas notícias recebidas pela engenharia brasileira nos últimos meses, marcados por uma das maiores crises da história nacional. A posição do governo de recolocar em andamento os projetos de novas usinas nucleares é um sinal importante para a indústria nesse momento e pode representar um impulso significativo para novos investimentos no País.
A previsão inicial, de 12 usinas até 2050, ainda é vista como conservadora face à crescente demanda energética nacional nas próximas décadas, mas é um alento para as empresas brasileiras numa hora em que quase não há projetos em andamento pelo País. O resultado disso, se tudo correr como o esperado, pode ser um novo salto de desenvolvimento industrial pelo território nacional. Já existe inclusive um movimento das próprias empresas ligadas ao setor nuclear, incentivado pela Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), em busca de novos fornecedores que poderiam atender ao segmento e fortalecer essa cadeia de bens e serviços.
“A implantação das novas usinas precisa ser iniciada imediatamente e é fundamental para o fortalecimento da matriz energética nacional. Além disso, pode ser uma das saídas para alavancar novos investimentos importantes para o País, trazendo desenvolvimento, empregos e riquezas para a Nação”, afirmou o presidente da ABDAN, Antonio Müller (foto).
Com as perspectivas de avanço do Programa Nuclear Brasileiro, o Petronotícias traz um novo vídeo (à direita, na seção Vídeo em Destaque), mostrando o grande impacto positivo gerado na região do Vale do Tennessee, nos Estados Unidos, após a criação da Autoridade do Vale do Tennessee (Tennessee Valley Authority – TVA, na sigla em inglês), que construiu diversas usinas no local.
O Vale do Tenessee estava passando por um momento crítico no início dos anos 30, quando o presidente Franklin Roosevelt criou, em 1933, a TVA, com o intuito de modernizar a região, que, assim como o resto dos Estados Unidos, vinha sofrendo as consequências da grande crise de 1929.
Um dos primeiros passos do novo órgão criado foi a construção de represas ao longo do rio Tenessee, para controlar as enchentes, melhorar as condições de navegação e gerar energia elétrica de forma mais barata. O avanço dos projetos tornou a TVA a maior empresa pública de energia dos EUA em pouco tempo, sendo que hoje ela atende mais de 9 milhões de pessoas em uma área de sete estados do território americano.
Com o desenvolvimento acelerado da região, a TVA passou também a diversificar seus investimentos em fontes de geração energética, passando a incluir em seu portfólio usinas nucleares, eólicas, solares e térmicas.
A empresa vem focando seus investimentos no aumento da eficiência energética das plantas de geração e na redução de emissões de gases poluentes na atmosfera, sendo que a principal estratégia para conseguir alcançar esse objetivo tem sido a ampliação dos aportes em novas usinas nucleares.
Na década de 60, a TVA propôs a construção de 17 unidades nucleares na região do Vale do Tenessee. Hoje seis unidades do projeto original continuam em operação, com a perspectiva de novos projetos ainda sendo desenvolvidos.
[…] Ainda estão sendo definidas as áreas e os Estados onde essas usinas serão construídas. E isso deve ser uma bandeira levantada pelos governadores dos Estados que devem receber essas obras. Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e o Espírito Santo devem abrigar estes projetos. O amadurecimento de cada um deles deixa o governo isento de desembolsar alguns bilhões de reais para licenciamento e produção, já que esta responsabilidade será das empresas privadas interessadas em vender energia. Para se ter uma ideia dos benefícios que estes empreendimentos podem trazer, basta clicar no VÍDEO EM DESTAQUE no canto direito da página do Petronotícias, para se… Read more »