BACIAS DE CAMAMU-ALMADA E DO ESPÍRITO SANTO NÃO RECEBEM OFERTAS
RIO DE JANEIRO – As bacias de Camamu-Almada e do Espírito Santo não atraíram a atenção das petroleiras reunidas na 13ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Somadas, as bacias tiveram 16 blocos ofertados, divididos em quatro setores, todos em águas profundas. No entanto, nenhuma oferta foi feita, contrariando expectativas do mercado, que via a Bacia do Espírito Santo como um dos principais alvos das petroleiras multinacionais, dado seu risco menor e maior exigência de investimento.
Dois setores -SCAL-AP1 e SCAL-AP2 (nomenclatura ANP) – foram ofertados na bacia de Camamu-Almada, mas nenhuma lance foi feito para os nove blocos ofertados. Atualmente, quatro empresas operam na região, Petrobrás, OP Energia, Panergy e Alvopetro. A área de Camamu começou a ser explorada antes da criação da Petrobrás, com a abertura de poços estratigráficos rasos no local. Almada só começou a ser operada na década de 1960, quando também foram perfurados dois blocos na área costeira de Camamu. A bacia é responsável por 6,1% de toda a produção nacional de gás natural, ocupando a quarta colocação entre as maiores produtoras.
Na bacia do Espírito Santo outros dois setores foram a leilão – SES-AP1 e SES-AP2 (nomenclatura ANP) – e também não atraíram os investidores. Nos setores disponibilizados na bacia do Espírito Santo recaía a maior chance de captalização do leilão, com o maior bônus mínimo de assinatura, no valor de R$ 22.405.306,19 a R$ 73.780,00. A produção na área, em maio, nos 40 campos operados pela Petrobrás alcançou a marca de 35,9 mil bbl/dia de petróleo e 3,7 milhões de m³/dia de gás natural. Além da estatal, também operam na região a Statoil e a Perenco, em fase de exploração.
Situada nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, a Bacia do Parnaíba (Setores SPN-N e SPN-O) teve os primeiros blocos leiloados na 13° Rodada de Licitação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dos 22 blocos em terra, oito não tiveram oferta.
Veja um resumo das áreas arrematadas:
Setor SPN-N
O consórcio Parnaíba Gás Natural/GDF Suez Brasil arrematou os blocos PN-T-101 e PN-T-103; o consórcio Parnaíba Gás Natural/BPMB Parnaíba ficou com o PN-T-69 e o PN-T-87, enquanto o BPMB Parnaíba/Parnaíba Participações teve sucesso no PN-T-84. A OP Energia venceu o BID no bloco PN-T-85.
Setor SPN-OA
Parnaíba Gás Natural/GDF Suez Brasil arrematou os blocos PN-T-146 e PN-T-163; a OP Energia ficou com os blocos PN-T-14 e PN-T-152, enquanto a Vipetro teve sucesso no PN-T-149.
Bônus Acumulado
Ao todo, o bônus acumulado alcançou R$ 10.746.666,71.Blocos sem ofertaOs blocos Spot T-2 e Spot T-3 da Bacia Potiguar, SES-AP1 e SES-AP2 da bacia do Espírito Santo, e os blocos marítimos Seal AP1 e Seal AP2 da bacia Sergipe-Alagoas não tiveram ofertas.
Bacia Potiguar
Situada no extremo oeste da margem equatorial brasileira, compreende uma parte emersa e outra submersa, ocupando grande parte do estado do Rio Grande do Norte e uma pequena porção do Ceará. Trata-se de bacia madura, encontra-se em estágio de exploração.
Setor SPOT T4
O consórcio liderado pela UTC Exploração e Produção / Phoenix arrematou os blocos POT-T-743 e POT-T-744; a UTC vencei o POT-T-741 e a empresa Imetame ficou com POT-T-699.
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