SWIRE AGUARDA RETOMADA DA INDÚSTRIA PARA EXPANDIR BASE EM MACAÉ | Petronotícias




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SWIRE AGUARDA RETOMADA DA INDÚSTRIA PARA EXPANDIR BASE EM MACAÉ

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br)

Marcelo NacifForam dois anos de obras para que a nova base da Swire Oilfield Services, em Macaé, no Rio de Janeiro, ficasse pronta. A unidade que foi erguida é apenas a primeira fase de um projeto ainda maior da companhia, dentro do seu plano de desenvolvimento chamado “Visão 2020”. Até o momento, nos 60.000 metros quadrados de terreno, a Swire já investiu cerca de R$ 30 milhões, e este número deve aumentar para contemplar os novos objetivos da companhia com a base. O grande diferencial dessa unidade da Swire é seu caráter sustentável, segundo o gerente geral da Swire no Brasil, Marcelo Nacif. Foram instaladas diversas soluções voltadas para o meio ambiente, como sistema de recolhimento de água da chuva, utilização de luz solar para aquecimento de água e geração eólica de energia. De acordo com Nacif, o momento ruim vivido pelo setor de óleo e gás fez com que a companhia desenvolvesse apenas a primeira parte do projeto. O executivo afirmou que basta o mercado dar sinais de recuperação para que outros projetos ambiciosos da companhia sejam implementados na base, incluindo uma fábrica de novos equipamentos e uma linha para desenvolvimento de produtos com inteligência. A área de exploração, segundo Nacif, é a de maior importância para os negócios da Swire, mas a opção da Petrobrás por investir mais em produção e desenvolvimento deve representar uma queda de 20% no faturamento da companhia em relação ao ano de 2014, que foi muito bom para a Swire segundo o executivo.

O que é a nova base da Swire?

É um ambiente operacional sustentável, com diversas soluções nesse sentido. Na base nós contamos com um hub administrativo, área de carga e descarga, manutenção e reparo de CCUs, teste e inspeção, além de uma área de lavagem e uma fábrica de lingas (cabo de aço para içamento de cargas).

Quais soluções foram colocadas no projeto para torná-lo sustentável?

A base da Swire em Macaé conta com sistema para reaproveitamento de água de chuva, utilização de energia solar para aquecimento da água utilizada para lavagem de equipamento, geração de energia eólica e outras medidas sustentáveis. O investimento foi alto, bem maior do que se essas soluções não fossem instaladas, mas esse é um investimento pensando no futuro do planeta. Nós agora estamos trabalhando para buscar uma certificação Leed Gold (selo de construção sustentável) e também estamos atrás do selo Procel A.

Quanto foi investido pela Swire nessa base?

Até o momento, entre terreno e construção, já foi gasto algo em torno de R$ 30 milhões, em uma área física de 60.000 metros quadrados. Além, é claro, dois anos de dedicação de diversas pessoas em desenvolver o projeto.

Quantos empregos são gerados na região com a base?

O projeto dessa nossa nova base era maior do que a base que inauguramos. A crise no setor fez com que nós fizéssemos apenas a primeira fase idealizada. Com esta primeira fase nós contratamos cerca de 80 novos funcionários. Assim que o mercado der sinais de recuperação, nós vamos concluir o projeto, chegando até a marca de 200 funcionários.

Quais os principais clientes da empresa no Brasil?

Hoje nós temos na nossa carteira de clientes a Baker Huges, a Schlumuberger, a Statoil, a Shell e outras. Podemos dizer que as principais operadoras internacionais no Brasil têm contrato conosco. A Petrobrás é um interesse nosso, já que ainda não temos nenhum contrato com a companhia.

O que é o “Visão 2020” da Swire?

É um projeto estabelecido dentro da companhia com metas a serem alcançadas até 2020. Entre essas metas está o desenvolvimento de uma linha de produtos com inteligência, como contêineres ligados a ROVs, contêineres que por dentro são cabines de comando de operação de exploração. Nós temos uma fábrica para esses equipamentos projetada, além de uma área de reforma e manutenção dessas unidades, mas estão ainda na segunda fase da base que ainda vai ser implementada.

Há quantos anos a Swire está no Brasil?

A Swire veio para o Brasil em 2009. Nós tínhamos um fornecedor local que nos representava, mas em janeiro de 2011 nós incorporamos esse representante ao grupo Swire. A divisão Oilfield Services é a primeira de todo o conglomerado a ter empresa própria na América Latina. A atuação do grupo é muito forte na Europa, em Hong Kong, Singapura e outros países da região.

Quais as soluções desenvolvidas pela empresa?

São equipamentos de armazenagem e transporte para indústria offshore. Todo material que é levado para plataformas, com exceção das pessoas, tudo precisa estar armazenado dentro de contentores (denominação Petrobrás), ou CCU (Cargo Carrying Units), que são um tipo de contêiner para transporte. Desde alimentos para os embarcados até material para exploração de campos, tudo tem que estar dentro dos contentores, que são alocados em Suply Vessesls e içados assim que chegam na plataforma. No Brasil, não existia nenhuma norma que zelava pela qualidade e segurança nesse processo. A Swire trouxe equipamentos certificados e agora a Petrobrás exige essas certificações para suas operações.

A crise do setor de Óleo & Gás afetou a empresa de alguma maneira?

Afetou bastante, já que nossos equipamentos são muito usados na fase de exploração, que é exatamente onde a Petrobrás vem fazendo mais cortes e reduzindo custos. A estatal está priorizando investimentos em produção e desenvolvimento, já que o retorno é mais rápido. A Petrobrás está sem caixa e dando foco no curto prazo. A nossa receita, inclusive, deve sofrer uma redução de 20% em relação ao ano passado por conta dessa opção de focar em produção e desenvolvimento. O ano de 2014 foi excelente para nós, com bastante investimento em exploração, uma pena que para este ano as coisas estejam sendo diferentes.

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