BALANÇA COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO BATE US$ 6,2 BILHÕES NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2021

giogioO Boletim Rio Exporta, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), apontou um superávit de US$ 6,2 bilhões na balança comercial do estado de janeiro a julho deste ano. Nesse período, as exportações fluminenses avançaram 25% frente ao mesmo período do ano anterior, somando US$ 17,8 bilhões, enquanto as importações registraram US$ 11,6 bilhões. Com esse resultado (US$ 29,4 bilhões), o estado permanece como o segundo player do país com maior fluxo internacional na corrente de comércio brasileira, atrás apenas de São Paulo. Giorgio Luigi Rossi (foto), coordenador da Firjan Internacional, avalia que  a constância do crescimento do superávit nas últimas três edições do boletim é muito positiva. “O resultado mostra que o Rio está recuperando pouco a pouco a grande desaceleração registrada em 2020. Os indicadores estão denotando uma consolidação da retomada”, declarou.

O resultado das exportações destaca o crescimento de 47% nas vendas de metalurgia (US$ 1,6 bilhão), consequência do avanço de 71% nos embarques de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1,4 bilhão); e a alta de 45% de veículos automotores (US$ 322 milhões), devido ao incremento de 138% nas vendas de veículos de carga (US$ 100 milhões). “O cenário interno ainda tem muitas variáveis que podem impactar a retomada, mas alguns fatores fazem com que essa consolidação de retomada possa ser percebida”, acrescenta Rossi, ressaltando que o petróleo também vem acompanhando a recuperação.

As exportações fluminenses de petróleo cresceram 26%, em comparação ao ano de 2020, somando US$ 13,4 bilhões. Os embarques para a Coreia do Sul (US$ 738Contêineres no Porto de Santos milhões) registraram o maior crescimento (315%), seguido pelas vendas para o Chile (US$ 737 milhões), que cresceram 128%. Segundo Rossi, apesar de sazonal, o aumento fora da curva demonstra que outros países estão voltando a comprar, além da China, que manteve a posição de principal importador, com US$ 7,1 bilhões.  Em relação às importações, o estado do Rio aumentou em 61% suas compras de petróleo estrangeiro, somando US$ 1,1 bilhão e tendo como fornecedores a Arábia Saudita (US$ 932 milhões) e o Iraque (US$ 168 milhões). Mas no geral as importações registraram estabilidade no acumulado anual, recuando 0,1%, quando comparadas ao mesmo período de 2020.

No comércio exclusive petróleo, as exportações tiveram crescimento de 23%, somando US$ 4,4 bilhões no acumulado anual. Nesse cenário, o destaque vai para a retomada do fluxo exportador para o Mercosul, com um aumento de 86%, reflexo do crescimento de 123% nos embarques para a Argentina: “Isso significa que não apenas o Brasil, mas também os nossos sócios no Mercosul começam a dar sinais de retomada das suas economias”, analisa Rossi. Já com o USMCA (bloco formado por Estados Unidos, México e Canadá) houve um incremento de 14% no período (US$ 2 bilhões).

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