BANCOS RECORREM A FUNDO DE GARANTIA PARA OBTER PAGAMENTO DE US$ 3,8 BILHÕES EM DÍVIDAS DA SETE BRASIL
Após negar a extensão do prazo das dívidas da Sete Brasil, os bancos credores começam agora a cobrar o pagamento. A situação da companhia, que ainda não entrou em acordo com a Petrobrás acerca de sua reestruturação, projeta dias ainda mais difíceis pela frente. Sem resolução para os largos endividamentos, os bancos Santander, Bradesco, Caixa, Itaú BBA e Banco do Brasil entraram com pedido de execução de garantia de US$ 3,8 bilhões no Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN), o que dificulta o momento para a Sete. Embora a empresa possa ainda fechar o acordo com a Petrobrás e anular o pedido até setembro, as negociações não vêm tomando um caminho positivo, com novas exigências ainda sem consenso apresentadas pela estatal. Caso não haja resolução do acordo e a execução da garantia de pagamento seja executada, a fornecedora deve se aproximar cada vez mais de um pedido de recuperação judicial.
A reestruturação da Sete continua sob um impasse. Frente às dificuldades na negociação entre a empresa e a Petrobrás, os credores buscam garantir o pagamento de seus empréstimos junto ao FGCN e apontam com perspectiva pessimista quanto a uma solução. O pedido de execução de garantia deverá ser analisado até setembro, o que ainda dá tempo às companhias para entrar em acordo, mas uma resolução ainda não surge no horizonte.
A Petrobrás vem exigindo que as 15 sondas que ficarão com a Sete sejam distribuídas entre três operadores, o que ainda não teria sido aceito pela empresa. A exigência da estatal aponta também que cada operador deve ser responsável por cinco sondas do projeto. A Sete busca reduzir o pedido da petroleira para apenas dois fornecedores. Sem a aprovação por parte da Petrobrás, que detém 10% da empresa, o plano de reestruturação da companhia não pode seguir em frente.
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